O Colégio Estadual Agrícola Manoel Ribas, de Apucarana, está prestes a ganhar uma cooperativa -escola. A instituição de ensino está em fase final para a homologação da Coomari, que tem como objetivo principal aplicar na prática os princípios do cooperativismo, o desenvolvimento dos alunos e a geração de recursos para a própria escola. A expectativa é que as atividades comecem já no próximo ano.
Segundo o professor Júlio Cesar Pedroso, diretor da Unidade Didático Produtiva (UDP) e presidente da cooperativa, o estatuto e a documentação já foram aprovados pela Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar). O último passo para a homologação é obter o termo de cessão de uso por parte do Governo Estadual.
“A cooperativa está praticamente 80% constituída. O estado tem que fazer um termo de cessão de uso para a cooperativa, pois será outra empresa, com outro CNPJ atuando nas dependências do colégio. Faltam apenas alguns termos de assinatura para deixar isso regularizado. Com esse termo, automaticamente, será possível abrir uma conta em banco em nome da cooperativa para movimentar os recursos”, explica o professor.
A cooperativa contará com a participação dos alunos; contudo, ao contrário das cooperativas de crédito, onde os associados têm participação nos lucros, na cooperativa escola a renda e as sobras serão destinadas apenas à instituição de ensino.
As cooperativas-escolas não são uma novidade no colégio agrícola de Apucarana. Essa modalidade existiu no passado e, em 2013, foi desativada pelo Governo do Estado.
A diretora-geral, Rose Pimenta, ressalta que, com a cooperativa em funcionamento, será possível atender melhor às necessidades do colégio, que passará a ter autonomia para comercializar o excedente, gerando recursos que poderão ser utilizados na própria instituição.
“A cooperativa nos dará autonomia para revertermos o lucro em benefício da escola, considerando a participação democrática dos alunos, levando-os a uma aprendizagem mais dinâmica e colaborativa”, salienta.
A rotina no colégio agrícola envolve aulas práticas que ensinam os 265 alunos a trabalharem em diversas áreas. Toda a produção hoje é destinada ao consumo. A Coomari será composta por alunos, com apoio da UDP, que atuarão na comercialização do excedente da produção da escola, que inclui grãos (milho e soja), produtos da agroindústria (laticínios e embutidos) e olerícolas (alface, rúcula, entre outros). “Parte da produção de grãos fica para a alimentação dos animais; o que exceder, a gente está autorizado a vender. Também vamos regularizar a agroindústria mediante os órgãos de defesa sanitária, para fabricar queijo, iogurte e embutidos para comercialização”, destaca Pedroso. (CINDY SANTOS)