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De hobby a negócio: morador de Ivaiporã cultiva plantas carnívoras

Da Redação

| Edição de 15 de janeiro de 2024 | Atualizado em 15 de janeiro de 2024
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Ex-morador de Holambra, a “Cidade das Flores”, no estado de São Paulo, Wesley Fernando Lima da Silva, que há três anos reside em Ivaiporã, tem um hobby incomum: cultivar plantas carnívoras. Com mais de 200 exemplares de diferentes espécies, ele está transformando a atividade em negócio. 

No pequeno viveiro de Wesley, que fica na residência localizada no Jardim Guanabara, ele cultiva desde as tradicionais Dionaea muscipula – a planta carnívora mais conhecida que lembra uma boca cheia de dentes - até espécies menos convencionais, como as Sarracênias, Droseras e Cephalotus. Cada uma delas, com suas particularidades e formas de capturar presas, atrai admiradores de todas as idades.

Wesley cultiva plantas carnívoras desde 2018, quando ainda residia em Holambra. No ano seguinte, se casou com uma moradora de Ivaiporã e decidiu mudar.  Da coleção que tinha com cerca de 40 plantas, ele trouxe apenas um único exemplar para Ivaiporã, que acabou morrendo. “Na época não dei a atenção devida às mudanças de clima e daí a planta acabou morrendo. Só que eu nunca saí dos grupos (WhatsApp) e continuei tendo contato com o pessoal que trabalha com essa espécie.”

Em maio de 2023, ele voltou a colecionar as plantas carnívoras e, em menos de um ano, já tem um número de plantas cinco vezes maior.

“É normal uma vaca comendo capim ou um boi pastando, mas não é normal uma planta comendo inseto. Só o fato delas serem carnívoras atrai muitas pessoas e realmente elas são magníficas”, enfatiza o colecionador.

Ele diz ainda que o principal desafio é encontrar cultivadores que realmente saibam o que estão vendendo. “Porque às vezes vem com o substrato errado, os cuidados de cultivo errado. Às vezes o vendedor nem sabe o nome da planta e ensinar como cuidar e muitas vezes a planta já chega à casa da pessoa quase morrendo”.

Ele também comenta o perfil das pessoas que costumam gostar das carnívoras. “Normalmente, são pessoas que gostam de plantas e que não gostam muito do comum. Samambaia quase todo mundo tem, então por que mais do mesmo? Vai muito do gosto da pessoa, uns acham muito legal e outros não querem nem passar perto de casa porque acham que as plantas vão jogar um veneno neles. Mas elas não representam nenhum risco para o ser humano, são mortais apenas para os insetos”, conta Wesley.

Wesley conta ainda que, na região, as pessoas acabaram conhecendo o seu trabalho a partir da divulgação do seu perfil no Instagram @cripta.das.carnivoras, onde compartilha fotos das diferentes espécies.