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Decisão judicial autoriza morador de Apucarana cultivar maconha

Da Redação

| Edição de 07 de fevereiro de 2025 | Atualizado em 07 de fevereiro de 2025

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Um morador de Apucarana obteve autorização judicial para cultivar cannabis em casa. A decisão da 5ª Vara da Justiça Federal de Londrina é favorável ao pedido para uso medicinal, após o solicitante comprovar seu diagnóstico de espondilite anquilosante, doença inflamatória crônica que afeta as articulações da coluna vertebral e que causa fortes dores.

O paciente é técnico em química, tem 36 anos e é associado à Cura em Flor, Associação de Apoio a Pacientes de Cannabis Medicinal. Ele, que pediu para não ter o nome divulgado, conta que sofre com o problema há muitos anos, por se tratar de uma doença hereditária com um quadro de dor excruciante.

Antes da cannabis, ele tentou diversos tratamentos que não surtiram efeito. “Busquei médicos e não consegui nenhum tratamento que me desse a qualidade de vida que a cannabis me oferta, pois os remédios fármacos me traziam efeitos colaterais indesejáveis, o que não sinto com a cannabis. Por isso, busquei essa alternativa fitoterápica que por sinal melhorou muito minha qualidade de vida”, afirma.

Entretanto, o morador de Apucarana explica que não tem condições de custear o tratamento a base de cannabis, por isso decidiu cultivar seu próprio medicamento em casa e de forma legalizada. A ação foi impetrada pelo advogado criminalista Renato Macedo, do escritório Teodoro Alves Advogados Associados de Apucarana, que obteve decisão favorável em habeas corpus para cultivo legal da planta.

“Como ainda não é fornecido na saúde pública e para poder continuar seu tratamento sem o risco de ser preso ou sofrer qualquer tipo de apreensão das plantas e medicamentos ou persecução penal pelo Estado, o paciente nos procurou para que entrássemos com a medida judicial adequada para que seu cultivo fosse legalizado”, afirma o advogado.

Atualmente o paciente é acompanhado por um médico especialista em canabidiol e um reumatologista que monitoram o desenvolvimento da doença e o resultado do tratamento. “Posso dizer que vivo muito melhor hoje, com muito menos dores e muito mais feliz”, afirma. (CINDY SANTOS)