As exportações feitas por nove municípios da região ultrapassaram a marca de US$ 50 milhões no primeiro quadrimestre deste ano. Os principais produtos exportados são móveis, leveduras, ração animal e tecidos de algodão, fabricados por Arapongas, São Pedro do Ivaí e Apucarana, respectivamente. O faturamento obtido neste ano, entretanto, é 9% menor que o do ano passado no mesmo período quando a região chegou a US$ 54,7 milhões com o comércio no exterior. O volume exportado também foi menor neste ano, uma queda de quase 30% no comparativo. Os dados são da Comex Stat, plataforma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O município que mais se destacou nas exportações é Arapongas, que vendeu para mais de 30 países e fechou o quadrimestre com US$ 24,7 milhões. O valor representa um aumento de 17% em comparação com o ano passado, sendo que o produto mais comercializado são os móveis que correspondem a 61% do total exportado pelo município.
São Pedro do Ivaí ocupa a segunda posição no ranking regional de exportação com US$ 14 milhões faturados com a venda de leveduras, ração animal, artigos de transporte, entre outros. Contudo, o município teve queda de 3% nas exportações. Já Apucarana detém o terceiro maior valor de exportação da região, US$ 7,6 milhões, com a com o comércio de tecidos de algodão, couros, fertilizantes entre outros produtos vendidos para 18 países.
O maior aumento percentual foi o de Cambira, que passou de US$ 278 mil para US$ 654 mil, alta de 135%. Em contraste, Ivaiporã registrou a maior queda nas exportações, com uma redução de 86%.
Na opinião do economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a queda de 9% nas exportações no primeiro quadrimestre pode ter influência de três fatores. “O primeiro é o aumento da renda interna que pode ter levado as empresas a priorizarem as vendas no mercado interno. O segundo ponto é a redução da produção de alguns produtos devido à sazonalidade que pode ter afetado as exportações. O terceiro ponto são as dificuldades produtivas. As empresas podem não ter conseguido manter o mesmo nível produtivo, o que é preocupante e pode exigir novos planejamentos e políticas locais”, aponta o economista.
Contudo, o economista acredita que ainda é possível uma recuperação no segundo semestre neste ano. “Mas para isso acontecer é fundamental que as economias locais com maior oscilação revejam seus planejamentos e retomem a rota positiva”, analisa.