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Fim de semana concentra 43% dos casos de violência contra mulher

Cindy Santos

| Edição de 11 de junho de 2025 | Atualizado em 11 de junho de 2025

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O final de semana é o período mais perigoso para mulheres.E o perigo vem de casa. A maioria dos casos de violência doméstica com lesão corporal da região ocorre aos finais de semana, sobretudo, no período da noite.

Dados da Secretaria da Segurança Pública do Paraná (Sesp-PR) mostram que de janeiro a abril deste ano foram 228 denúncias na área da 17ª Subdivisão Policial (SDP), sendo que em 43% dos casos, a violência foi praticada entre sábado e domingo. E em 40% dos casos, entre 21 h e 5 h da madrugada. Em 73% dos casos, a violência foi praticada dentro de casa e 17% em ambientes públicos.

Somente em janeiro, foram registradas oito ocorrências em apenas um domingo. Em fevereiro, sete denúncias chegaram à polícia apenas um sábado. No total, foram mais de 2 mil denúncias de violência contra mulher no acumulado entre janeiro a abril deste ano e mais de 800 casos de violência doméstica que além da agressão física, envolvem violência psicológica, moral, sexual e patrimonial.

Para ampliar a proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, o Governo do Estado lançou o projeto de Monitoração Eletrônica Simultânea (MES), dentro do Programa Mulher Segura, da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp). Ele é voltado às mulheres que possuem medida protetiva de urgência expedida pelo Poder Judiciário e aceitarem o monitoramento.

Serão disponibilizados celulares para as vítimas e tornozeleiras para os respectivos agressores, com as entregas condicionadas à decisão da Justiça sobre a monitoração eletrônica e a inclusão da mulher no programa, que é voluntária. O prazo inicial de execução do projeto é de um ano, podendo ser prorrogado por mais cinco anos.

O secretário estadual da Segurança Pública, Hudson Teixeira, reforçou que a iniciativa une tecnologia de ponta com sensibilidade social. “Não estamos apenas implantando um novo sistema de monitoramento. Estamos dizendo para cada mulher paranaense que ela não está sozinha. Este é o tipo de política pública que transforma e salva vidas”, afirmou.