Um adolescente de 13 anos foi morto no final da noite de anteontem em Apucarana em um atentado a tiros que ainda deixou ferido com gravidade um jovem de 20 anos. O crime ocorreu na rua José Ciappina, no Núcleo Habitacional Marcos Freire, na zona norte. Segundo a Polícia Civil, o adolescente não era alvo do ataque e foi morto por engano.
De acordo com a Polícia Militar, pouco antes da meia-noite, dois homens em uma motocicleta se aproximaram de um grupo de pessoas que estava reunido na esquina e começaram a disparar contra os presentes. O adolescente de 13 anos não resistiu aos ferimentos e morreu no local. O garoto, identificado como Matheus Henrique do Amaral, residia na região.
O jovem de 20 anos que seria um dos alvos do atentado também foi baleado e, mesmo ferido, fugiu do local, sendo socorrido e levado ao Hospital da Providência. Segundo a Polícia Civil, ele está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) e seu estado de saúde é considerado grave.
Segundo o delegado-adjunto da 17ª Subdivisão Policial de Apucarana (SDP), André Garcia, o verdadeiro alvo dos criminosos era o jovem de 20 anos que foi baleado. A investigação inicial aponta que o crime pode estar relacionado ao tráfico de drogas.
No local do crime, a polícia científica recolheu diversos cartuchos de pistola calibre 9mm. A investigação agora busca determinar se uma ou duas armas foram usadas durante o ataque. Os suspeitos, que estavam em uma motocicleta, provavelmente uma CG-150 ou 160, fugiram após crime. Testemunhas informaram que o jovem sobrevivente conseguiu correr e se esconder em um quintal próximo, o que pode ter impedido que ele fosse morto.
“A polícia já identificou várias testemunhas e locais com câmeras de segurança que podem ter registrado imagens da fuga dos criminosos. O trabalho de investigação segue em andamento e novas informações devem ser reveladas nos próximos dias”, disse o delegado.
O delegado inclusive afirmou que conhecia o garoto e que, inclusive, já tinha orientado o menor sobre as más companhias e “amizades erradas”. “Este ano estávamos realizando um trabalho de saturação contra o narcotráfico naquela região e o abordamos. Orientei o menino a ir embora e lembro que perguntei ‘você não está vendo o tanto de gente que está morrendo pelo tráfico de drogas?’. E ele era uma criança inocente. Naquele dia ele foi embora com a mãe dele”, recorda.
Segundo o delegado, quem praticou o crime não tinha muita habilidade com armas e atirou “a esmo” contra um grupo elevado de pessoas. “O número de vítimas poderia ser maior e, infelizmente, esse menino foi alvejado”, disse.