A Prefeitura de Ivaiporã decretou situação de emergência por conta da estiagem prolongada. O decreto foi justificado pela escassez hídrica que o município vem sofrendo, o que tem causado desabastecimento de água e prejuízos econômicos, especialmente aos setores da agricultura e pecuária, além de contribuir para ocorrência de desastres secundários, como os elevados índices de incêndios em vegetação. Estimativa parcial da Defesa Civil aponta prejuízos de quase R$ 20 milhões.
A medida, segundo a coordenadora da Defesa Civil de Ivaiporã, Denise Kusminski, além de mobilizar ações de socorro e assistência às famílias afetadas, abre portas para o acesso a recursos do Governo Federal, destinados à recuperação dos prejuízos causados pela seca.
Do primeiro dia do ano até 13 de setembro, pela média histórica, era esperado 1.186 mm de chuva, no entanto, as precipitações foram de apenas 609 mm, resultando em perdas principalmente nas culturas de milho, trigo, tomate e na criação de gado leiteiro. “O prejuízo estimado para a agricultura e pecuária soma R$ 19 milhões”, relata Denise. Os valores, entretanto, devem ser maiores e ainda não foram calculados.
Além dos prejuízos econômicos, a estiagem também impactou o abastecimento de água para a população e provocou incêndios em áreas de preservação ambiental. A Mata do Placídio, uma das maiores área de preservação do município foi um dos pontos afetados.
De acordo com a Defesa Civil, cerca de 150 famílias, totalizando 600 pessoas, foram diretamente afetadas pela crise e tiveram rentabilidade prejudicada pela estiagem.
Ainda segundo Denise, o decreto agora será encaminhado para reconhecimento na Defesa Civil Federal. O reconhecimento permitirá que agricultores e pecuaristas solicitem benefícios e linhas de crédito especiais.
“É fundamental que o município seja reconhecido em nível federal para que possamos acessar os recursos necessários e contribuir com as pessoas afetadas com esse desastre”, destaca Denise.
PARANÁ
No Paraná, o governador Carlos Massa Ratinho Junior decretou no último dia 4 de setembro situação de emergência em todo o Estado por causa da estiagem e das queimadas que se intensificam desde o mês passado. Somente em agosto, o Estado registrou cerca de 20 mil focos de calor, aproximadamente seis vezes mais do que foi registrado em julho. Os efeitos da estiagem são avaliados por um comitê formado por técnicos de várias secretarias e algumas medidas já foram adotadas.
A medida vem sendo adotada também por prefeituras. Em Apucarana, decreto foi assinado em 5 de setembro pelo prefeito Junior da Femac.