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Ivaiporã prepara acervo da Casa da Memória com doações da comunidade

Da Redação

| Edição de 01 de agosto de 2025 | Atualizado em 01 de agosto de 2025

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Televisores, documentos e porcelanas que já serviram gerações. Esses são alguns dos itens que vão compor o acervo da Casa da Memória de Ivaiporã que está sendo construído principalmente com doações da comunidade. A Secretaria de Cultura já coletou mais de 500 itens e segue mobilizando a população para contribuir com objetos e registros que ajudem a contar a trajetória da cidade. A ideia é criar um ambiente vivo de memória e identidade para as futuras gerações.

Coordenado por Vitor Pandolpho, o projeto já reuniu objetos domésticos e agrícolas, fotos, vídeos, documentos, mapas antigos e raridades, como um dos primeiros rádios Semp fabricados no Brasil, cujo único outro exemplar conhecido está em um museu de Fortaleza, no Ceará.

No quesito eletrônicos e ferramentas, o acervo inclui ainda televisores antigos, máquinas de costura, plantadeiras manuais, serrotes usados na derrubada da mata e balanças romanas do comércio local.

Documentos antigos também estão no acervo. “Reunimos mapas da época em que isso aqui ainda era a Fazenda Ubá e documentos dos primeiros loteamentos da cidade recém-emancipada”, explica o coordenador.

Entre os destaques, está o livro de hóspedes da antiga Pensão Comercial, o primeiro hotel de Ivaiporã. “Tem registros com nome, idade, nacionalidade e data de entrada. Passaram por aqui libaneses, italianos, ingleses, gente que ajudou a construir o norte do Paraná”, comenta.

A Casa da Memória também recebeu o primeiro órgão da Paróquia Bom Jesus. “É um Diatron da década de 60, que estava guardado na torre da igreja. Quando vi, percebi que era uma peça que precisava estar aqui.”

A Secretaria de Cultura continua recebendo doações. “Quem quiser contribuir pode procurar a biblioteca às quartas-feiras ou o Centro Cultural, em qualquer dia da semana. Depois da inauguração, o atendimento será direto na Casa da Memória”, informa Vitor.

Ele explica ainda, que todos os objetos passam por análise técnica e são tombados como patrimônio histórico municipal. “A ideia é fazer da Casa da Memória um espaço dinâmico, que mantenha viva a história da cidade para as próximas gerações”, finaliza.

A sede da Casa da Memória está em fase de finalização. O prédio está sendo construído no Lago Jardim Botânico.