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Lar Sagrada Família lança campanha para concluir obras de nova Casa Lar

Cindy Santos

| Edição de 23 de junho de 2023 | Atualizado em 23 de junho de 2023
Objetivo da direção é que todas as crianças tenham padrinhos
Objetivo da direção é que todas as crianças tenham padrinhos

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OLar Sagrada Família, que completa 30 anos nesta semana, está lançando uma campanha para angariar recursos destinados à conclusão da segunda Casa Lar da instituição. O imóvel, que está 50% pronto, terá capacidade para acolher até 10 crianças em vulnerabilidade extrema. Para finalizar a obra, a entidade de Apucarana necessita arrecadar R$ 300 mil que serão investidos no acabamento da casa além da compra de móveis, eletrodomésticos e enxoval.

De acordo com o presidente do Lar Sagrada Família, Maurício Rawski de Paula, os 100 metros quadrados da obra que já estão concluídos foram doados por uma construtora da cidade. “Pensamos em fazer uma campanha por metro quadrado. O metro quadrado custa R$ 3 mil, é um valor mais elevado porque a casa precisa estar pronta, mobiliada e equipada, pronta para uso”, explica.

É a primeira vez que a diretoria lança uma campanha dessa magnitude. Até então a instituição contava com recursos provenientes de promoções, doações de amigos do lar, bazares e convênios com prefeituras da região. 

Nos últimos seis anos, foi investido mais de R$ 1,5 milhão na instituição que atendeu 175 crianças em situação de vulnerabilidade extrema, no período. A coordenadora do lar Angélica Folk explica que há uma grande rotatividade na instituição que acolhe, por mês, entre 15 a 25 crianças vítimas de negligência, maus-tratos, abuso, entre outros tipos de violência.

“Os motivos que as crianças vêm para o acolhimento são diversos. Muitas vezes a criança chega machucada, traumatizada, precisando de amor, de carinho. Precisa ter sua história de vida renovada, ter alguém que ainda acredite nela. O Lar Sagrada Família é um espaço onde a criança pode respirar, onde a situação cessa e a criança pode voltar a viver”, ressalta.

NOVA UNIDADE

A coordenadora explica que cada Casa Lar pode acomodar até 10 crianças. “Mas nosso objetivo não é encher a casa. Assim podemos ter um olhar mais específico para cada uma delas”, assinala.

No modelo Casa Lar, existe a mãe social, que é uma cuidadora residente responsável pelas crianças acolhidas. O objetivo é que o ambiente seja o mais próximo de uma família bem estruturada, com amor e limites. “A função de mãe social é uma cuidadora que reside na casa, tem um dia de folga de 24 horas, o critério principal é que tenha amor e que consiga cuidar das crianças e dar conta da demanda”, ressalta.