As mortes por doenças respiratórias cresceram 36% na região de Apucarana. Levantamento da 16ª Regional de Saúde, que abrange 17 municípios, mostra que de janeiro até ontem foram 268 óbitos contra 197, uma diferença de 71 mortes de um ano para outro. Entre as vítimas das doenças respiratórias está uma criança de 9 anos que faleceu anteontem, em decorrência de uma pneumonia bacteriana.
Emanuela Gonçalves Pagliarini Michelin Zanella, morava no Núcleo Habitacional Afonso Camargo, em Apucarana, e estava internada desde domingo (25) no Materno Infantil do Hospital da Providência, onde faleceu. A morte é investigada pela 16ª RS a fim de identificar outras possíveis doenças associadas, como coqueluche, por exemplo.
Conforme o relatório da regional, a maioria dos óbitos (94%) são de pessoas com mais de 50 anos e o município com mais vítimas é Apucarana, com 84 mortes, seguido por Arapongas, com 76 óbitos. Entre as doenças respiratórias que mais causam complicações estão a influenza, Covid-19 e pneumonia. Um dos maiores responsáveis por infecções do tipo, sobretudo em crianças e idosos, é o vírus sincicial respiratório (VSR) que tem maior incidência durante outono e inverno.
“Esses vírus têm se propagado com mais intensidade e com uma cobertura vacinal não tão satisfatória, há uma maior disseminação. Algumas pessoas se acomodaram e não estão se cuidando como antes”, analisa chefe da 16ª RS, Marcos Costa.
A recomendação é ter bastante cautela durante baixas temperaturas, manter boa higiene das mãos, usar máscara em caso de sintomas, evitar aglomerações e manter a vacinação em dia. “A imunização é essencial para se proteger”, assinala.
INTERNAÇÕES
Em todo estado, segundo levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), o número de internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) caiu nos oito primeiros meses deste ano. No período foram 14.746 pessoas internadas contra 18.617 hospitalizações no mesmo período de 2023, uma queda de 20,79%.