APolícia Civil do Paraná (PC-PR) concluiu o inquérito sobre o acidente envolvendo um micro-ônibus a serviço da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e um trem da concessionária Rumo em Jandaia do Sul, ocorrido em 9 de março deste ano. A colisão provocou cinco mortes e deixou 23 pessoas feridas. Quatro das vítimas eram estudantes e a outra funcionária da Apae.
O motorista do ônibus foi indiciado por homicídio e lesão corporal culposa na direção de veículo automotor, segundo a PC-PR. O caso foi encaminhado ao Ministério Público.
A conclusão do inquérito demorou quase quatro meses por conta no atraso na finalização de alguns laudos periciais complementares.
Na época, o motorista, que tem 43 anos, afirmou à Polícia Civil que não viu o trem se aproximar por causa do mato alto nas imediações da linha férrea. O condutor do ônibus também disse que não ouviu o sinal sonoro da locomotiva. Câmeras de monitoramento filmaram o momento da colisão.
Durante a investigação, constatou-se que o motorista envolvido estava com a habilitação vencida. O micro-ônibus que transportava as crianças não tinha vistoria junto ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) desde 2019.
Das cinco vítimas, duas estudantes morreram no local do acidente: as primas Maria Vitória Gomes Ferreira, 11 anos, e Kimberly Caroline Ribeiro Pimenta, 15 anos. Um dia depois, em 10 de março, a cozinheira da Apae, Isabel Aparecida Gimenes Figueiredo, 55 anos, morreu no Hospital da Providência, de Apucarana.
Outra aluna, Maria de Lourdes Henrique, de 56 anos, que sobreviveu ao acidente, morreu dias depois na casa da família, após ter recebido alta hospitalar. A quinta vítima fatal – João Lucas dos Santos, 8 anos, morreu no dia 22 de março em um hospital em Sarandi.
A tragédia em Jandaia do Sul motivou uma série de discussões e projetos a respeito da segurança nos cruzamentos rodoferroviários.