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Na zona rural, réplica preserva 1ª igreja matriz de Arapongas

Gabriel Paiva

| Edição de 29 de setembro de 2023 | Atualizado em 29 de setembro de 2023
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A Paróquia Nossa Senhora Aparecida, a Igreja Matriz de Arapongas pode ser muito conhecida, a ponto de se tornar um símbolo da cidade, da maneira que é hoje: um templo de alvenaria de arquitetura colonial. Mas talvez o que muitos não saibam, é que ela já foi bem diferente um dia. Quando foi construída em 1938, pelos pioneiros, era uma capelinha de madeira chamada de “Igreja dos Santos Anjos”. E essa igreja tem réplica idêntica localizada no distrito do Campinho.

Recebendo o nome de “Capela São João Batista”, a homenagem foi construída em 1955 – um ano depois da atual Igreja Matriz ter sido finalizada - em terreno doado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná. É o que afirma Paulo Carvalho, ministro da palavra, e responsável pela capela. “A Companhia colonizou e, em algumas áreas, ela foi trazendo várias pessoas. Aqui tinha muito polonês, ucranianos, italianos, alemães, que vieram todos para a nossa região. Esse pessoal dessa época que construiu essa igreja”, afirmou ele. 

Construída com madeira de árvores de peroba-rosa, com mais de 7 metros de altura, a Igreja ficou tão parecida com a inspiração inicial que, além de compartilhar a mesma característica e estrutura física, ambas as igrejas dividiam até o mesmo padre. Segundo Paulo, o padre Bernardo Merckel, que era responsável pela igreja Matriz, ia até o distrito do Campinho de carroça, para realizar as missas. 

“O padre Bernardo vinha de carroça fazer a celebração aqui também. Tinha celebração a cada 60 dias. Naquela época, aqui no Campinho tinha açougue, farmácias e diversos outros comércios. Era um patrimônio que era bem movimentado”, disse.

Hoje a capela continua realizando as tradicionais missas para a comunidade local, que acontecem todo segundo sábado de cada mês. Além disso, são realizadas também as celebrações da palavra com a distribuição a da eucaristia, pelo ministro Paulo. Um outro acontecimento é visto com frequência na capela: os casamentos. 

“Aqui é muito procurado, o pessoal gosta porque é uma igreja pequena, fácil de enfeitar. Então na simplicidade, muitas pessoas que passaram por aqui se encantaram. Muita gente passa e fala: um dia eu vou me casar nessa igrejinha. Então nós temos vários casamentos”, acrescentou o ministro, que desenvolveu uma relação de responsabilidade e afeto com o patrimônio histórico da capela.

“Às vezes eu fico pensando nas pessoas que construíram isso, os pioneiros. Porque quantas e quantas pessoas deixaram um pouquinho de si aqui. Porque essa igreja, pelo que a gente sabe, foi feita com doações, então teve o suor de muita gente dentro dessa igreja. É gratificante você saber que eles deixaram um legado para a gente, e a gente tem que preservar”, finalizou.