Apucarana foi a cidade que mais registrou e combateu incêndios ambientais em todo o Estado entre 14 de julho e 14 de agosto deste ano. A informação é do 11º Grupamento de Bombeiros de Apucarana, que divulgou dados recentes de atendimentos ontem. Foram 40 ocorrências registradas apenas nesse período de 30 dias na cidade. Na região, a incidência de incêndios cresceu 33% entre junho e julho.
Segundo o major Élcio José de Meira, do Corpo de Bombeiros de Apucarana, a falta de chuvas tem um papel fundamental no fato de Apucarana ter sido a cidade com o maior número de ocorrências do tipo no Paraná.
“Talvez tenha chovido em outras regiões mais do que choveu aqui. Esse seria um dos motivos, talvez o motivo principal que tenha feito com que esses números aumentassem”, afirma o oficial.
Essa, no entanto, não é a única explicação. De acordo com o major, há também o impacto da ação das pessoas que acabam incendiando terrenos vazios com o intuito de “fazer a limpeza” das áreas nessa época do ano.
“Historicamente, nesse período, acontece isso (incêndios em vegetação) porque não é só a questão das chuvas, que são mais escassas, tem também a questão do frio, que seca a vegetação e gera também as condições ideais para que aconteça esse tipo de incêndio. Há também a ação da população, que acaba tacando fogo no mato para fazer limpeza de terreno”, disse.
Por conta do problema, o major orienta que é extremamente importante que as pessoas não coloquem fogo nos terrenos para tentar fazer a limpeza.
Ele alerta que, além que além dos prejuízos financeiros que os incêndios podem gerar, queimando e destruindo bens, há também questões envolvendo a saúde das pessoas.
“Outro problema é a questão de doenças respiratórias na população, porque nesse período nós temos um aumento nas doenças respiratórias. E essa fumaça gerada pelo fogo também pode contribuir com isso”, acrescenta o major.
REGIÃO
A incidência de incêndios florestais vem crescendo não apenas em Apucarana, mas em toda área do 11º GB, que abrange 15 municípios. Entre junho e julho, os atendimentos para este tipo de situação cresceram 34%. Foram registrados 54 incêndios em junho contra 72 no mês seguinte. No mês de agosto, até o início da tarde de ontem, a região já tinha registrado 60 casos de incêndio florestal.