A Polícia Civil (PC-PR) de Apucarana prendeu 17 suspeitos, incluindo duas mulheres, em operação realizada na manhã de ontem que mirou fornecedores de drogas para traficantes da cidade. Um helicóptero auxiliou no trabalho em solo das viaturas. Segundo a corporação, drogas derivadas da cocaína comercializadas em Apucarana têm como origem o Peru e a Colômbia. Uma força-tarefa de cerca de 110 policiais civis saíram as ruas nas primeiras horas da manhã para cumprir 27 mandados de busca e apreensão e 20 mandados de prisão em municípios da região e em Uberlândia (MG).
O delegado-chefe Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, o delegado-adjunto André Garcia e o delegado-operacional Ricardo Toledo, da 17ª Subdivisão Policial (SDP), concederam entrevista no início da tarde para falar da Operação Kafka.
A ação policial cumpriu mandados de prisão e busca e apreensão por crimes de tráfico de drogas, associação criminosa, comércio e porte ilegal de arma de fogo. Nos pontos-alvo foram apreendidas drogas e um veículo Chevrolet Cruze também foi confiscado por associação com o crime. A quantidade de drogas não foi divulgada.
Um helicóptero auxiliou na operação e sobrevoou bairros da região norte do município, como o Núcleo Habitacional Afonso Camargo, Parque Bela Vista, Jardim Ponta Grossa, Vila Regina, além da região central. “A operação tinha 27 alvos. A maior parte dos alvos era de Apucarana, mas também havia alvos em outras cidades aqui da nossa região, como Marilândia do Sul, Mauá da Serra e Califórnia”, informou o delegado Marcus Felipe. Segundo ele, ação contou com apoio de policiais civis de Cornélio Procópio, Maringá, Londrina, Arapongas e de todas comarcas do Vale do Ivaí, acrescentando que além de esquema de tráfico, a operação se voltava também a combater o comércio irregular de arma de fogo.
Segundo o delegado André Garcia, que comandou as investigações, o trabalho investigativo foi iniciado em janeiro. Durante o trabalho, a Polícia Civil identificou pelo menos dois grandes fornecedores, que estavam trazendo drogas para Apucarana. “Nós sabemos que essa droga era produzida no Peru e na Colômbia. Os investigados vinham da região de fronteira, onde adquiriram as drogas, muitas vezes trocando por veículos furtados ou roubados, e traziam para Apucarana. Além dos dois grandes fornecedores, outro traficante servia como espécie de hub, que recebia e distribuía para outros traficantes. Nessa investigação, não há venda para usuário, mas de traficante para traficante”, completou André Garcia.
Mulher detida tinha laboratório de cocaína
Um dos alvos presos na operação deflagrada ontem era uma mulher responsável por um laboratório de refino de cocaína na cidade. Segundo informações do delegado-adjunto André Garcia, a mulher é natural de Minas Gerais e morou em Apucarana no final de 2023.
Ainda conforme o delegado, a mulher voltou a morar no estado mineiro, entretanto foi identificada como fornecedora do entorpecente e tornou-se um dos alvos da Operação Kafka, sendo presa na manhã desta terça-feira (20). No total, 17 pessoas foram detidas mediante cumprimento de mandados.