O Paraná é o primeiro Estado do Brasil a incorporar no Sistema Único de Saúde (SUS) o medicamento para tratar o animal infectado com a esporotricose, uma micose emergente causada por fungos. O medicamento, que é fornecido pelo Ministério da Saúde (MS) exclusivamente para o tratamento nos humanos, foi adquirido pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) com recursos próprios do Estado. O investimento foi de R$ 79 mil para subsidiar a compra de 100 mil comprimidos que serão direcionados somente para o tratamento de animais.
Parte desse quantitativo já foi direcionado para as Regionais de Saúde que apresentam casos confirmados da doença.
“Esta é uma doença que deve ser tratada de forma única pelo SUS. Para quebrar o ciclo de transmissão o animal também precisa receber o tratamento medicamentoso adequado, que passa a ser agora também fornecido gratuitamente para todo o Paraná”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A Sesa também publicou a Resolução Sesa 93/2022 a qual tornou a esporotricose uma doença de interesse estadual e notificação compulsória no Estado. Essa determinação permite que a vigilância de zoonoses tenha um panorama muito mais real sobre a doença em todo Estado.
A esporotricose nos animais manifesta-se por meio de lesões e feridas profundas, geralmente com pus, que não cicatrizam e evoluem rapidamente. O ser humano pode ser infectado pela mordedura, arranhadura e contato direto com lesões.