O Paraná está investigando o primeiro caso suspeito de intoxicação por metanol. A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) notificou o Ministério da Saúde nesta sexta-feira (3). O paciente é um homem de 60 anos, morador de Curitiba, que deu entrada em um hospital da Capital na quarta-feira (1º), após sofrer um atropelamento e relatar consumo de bebida alcoólica destilada.
Durante a internação, o quadro clínico apresentou agravamento, com sintomas compatíveis com intoxicação por metanol. Atualmente, o paciente permanece inconsciente e em estado grave. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a Sesa, em conjunto com a Secretaria Municipal da Saúde de Curitiba, acompanha a evolução clínica e aguarda o resultado dos exames laboratoriais para confirmação ou descarte da suspeita.
O secretário Beto Preto informou, em vídeo, que terá reunião com representantes do Ministério da Saúde para tratar do envio, ao estado, de ampolas de etanol farmacêutico, utilizado no tratamento de possíveis vítimas que tenham tomado bebidas alcoólicas adulteradas.
O avanço de casos de intoxicação no Brasil – já são 113, segundo a última atualização do Ministério da Saúde desta sexta-feira (3) - está mobilizando órgãos de defesa do consumidor.
Nesta sexta-feira (3), o Procon de Arapongas promoveu uma ação de conscientização em comércios de bebidas.
“Foi uma atividade de orientação para esclarecer dúvidas dos comerciantes em como agir nessa situação. Estamos à disposição para auxiliar e atuar em conjunto com os demais órgãos públicos”, destaca a coordenadora do Procon de Arapongas, Fabiani Barbist.
O Procon-PR, em um trabalho conjunto com os Procons Municipais do Estado, emitiu na quinta-feira (02), uma recomendação administrativa para distribuidoras, bares, restaurantes e outros estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas direta ou indiretamente a consumidores, dentro do contexto de fiscalização contra metanol.
O Procon de Apucarana também emitiu uma nota de alerta para que o consumidor fique atento e não adquira bebidas alcoólicas em locais que vendem produtos abaixo do preço ou sem o fornecimento de nota fiscal. Outros pontos abordados são a proibição sobre transvasar ou recondicionar bebidas, retirar dos estoques e dos displays de venda produtos sem rótulo e que não possuam nota de procedência, e comunicar as autoridades sanitárias para análise e investigação em caso de dúvidas.
Em caso de suspeita de intoxicação (relato de consumidores com sintomas como náusea, tontura e visão turva), suspender imediatamente a venda, isolar os produtos, registrar a ocorrência e preservar amostras para eventual perícia.
“O Procon também reforça a obrigatoriedade da emissão de nota fiscal nas vendas ao consumidor final, medida que garante rastreamento e segurança em toda a cadeia de consumo”, diz Silvana Verona, diretora do Procon Apucarana.
SINTOMAS
sonolência, dificuldade motora e dificuldade de andar, tontura, dor abdominal, náuseas, vômitos, cefaleia, confusão mental, taquicardia e hipotensão.