Uma operação da Polícia Civil de Apucarana prendeu sete pessoas e apreendeu vários bens de organização criminosa responsável por fazer “delivery” de drogas na cidade. As investigações apontaram indícios da prática dos delitos de lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Conforme a polícia, em pouco mais de um ano, o grupo movimentou mais de R$ 5 milhões oriundos do tráfico, utilizando empresas de fachada, laranjas e transferências bancárias pulverizadas para ocultar a origem do dinheiro.
Sete pessoas foram presas, sendo seis em Apucarana e uma em Balneário Camboriú, litoral de Santa Catarina.Quatro carros de luxo avaliados em R$ 450 mil, jóias, celulares e armas foram apreendidas na operação Outsider.
Foram apreendidos um Camaro, Jeep Commander, S10 e um Mercedes Benz. Segundo o delegado Victor Hugo Torres, da 17ª Subdivisão Policial (SDP), os veículos eram de agentes do núcleo financeiro da organização criminosa.
Dos seis presos, dois supostamente participavam do núcleo financeiro, enquanto os demais seriam apenas integrantes de posição inferior no esquema criminoso.
Conforme o delegado, os alvos da operação atuavam paralelamente ao esquema de tráfico de drogas estabelecido nas chamadas “biqueiras” e não há indícios de relação com organizações criminosas como Grupo do Jacaré ou Tropa do Tubarão, por exemplo. “Diferente desses grupos, não adotavam o estilo de ‘biqueiras’ para vender drogas, mas faziam uma espécie de ‘delivery”, reitera o delegado.
As investigações apontaram indícios da prática dos delitos de lavagem de dinheiro e organização criminosa armada. Segundo o delegado, a estrutura da “firma criminosa” era altamente organizada, com divisão de tarefas e uso de violência armada para afastar riscos à atividade ilegal. As investigações continuam para desarticular totalmente a rede criminosa.
SEGUNDA FASE
Na primeira fase da operação, em janeiro, seis pessoas foram presas, incluindo o líder do grupo. À época, também foram apreendidos mais de 15 kg de drogas, diversos comprimidos de ecstasy, uma pistola 9mm, munições, dinheiro e outros objetos ligados ao tráfico.
Os investigados presos na primeira fase já respondem ação penal movida pelo Ministério Público pela prática dos crimes de organização criminosa armada, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. A PCPR segue com as diligências para desarticular totalmente a rede criminosa.