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Professor da rede estadual é denunciado ao MP por homofobia

Da Redação

| Edição de 07 de maio de 2025 | Atualizado em 07 de maio de 2025

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Um estudante do Colégio Estadual Nilo Cairo, em Apucarana, registrou uma denúncia no Ministério Público (MP) contra um professor por homofobia e intimidação. Segundo o relato do estudante, o professor faz comentários homofóbicos em sala de aula, trata o aluno de forma diferenciada por sua orientação sexual e promove ameaças verbais. A denúncia também foi encaminhada para o Núcleo Regional de Educação (NRE), que investiga o caso.

Conforme a denúncia, o estudante relata que o professor faz comentários desrespeitosos sobre a comunidade LGBTQIA+. Além disso, o docente também aborda temas políticos de forma inadequada, impondo sua opinião e usando o espaço para intimidação e constrangimento.

“O professor vem praticando condutas abusivas, ameaçadoras e discriminatórias no ambiente escolar, afetando a mim e a outros colegas. Durante as aulas, ele frequentemente realiza ameaças verbais graves, afirmando que ‘vai dar tapa na cara’, ‘vai dar soco’, e até mesmo dizendo que vai ‘arrebentar’ alunos”, conta o aluno para reportagem.

O estudante tem aulas com o docente desde fevereiro. “As ameaças acontecem desde que ele soube que sou homossexual. Ele me trata diferente, não tira minhas dúvidas, me ignora e me chama de ‘coisa ruim’. Me sinto muito constrangido por ele me tratar de forma diferente e por essas ameaças”, diz.

A ouvidoria do NRE confirmou que recebeu a denúncia contra e a encaminhou o caso para a Rede de Proteção e Direitos Humanos. De acordo com o ouvidor do NRE, José Carlos dos Santos, a ouvidoria não tem poderes para tomar medidas, apenas para verificar e repassar as informações para as autoridades competentes.

“O princípio da presunção de inocência, previsto na Constituição Federal, determina que uma pessoa é considerada inocente até que sua culpa seja comprovada. Se for realmente confirmado que o professor tem culpa, será instaurada um processo de sindicância que poderá culminar com o afastamento”, informa.

A defesa do professor não foi localizada para comentar a denúncia.