A Polícia Militar (PM) de Arapongas implementou um projeto de policiamento focado na área comercial da cidade para reforçar a segurança e estreitar laços com a população. A novidade, em vigor há pouco mais de um mês, utiliza o patrulhamento ostensivo e a criação de um grupo de WhatsApp exclusivo com empresários para garantir maior agilidade no atendimento de ocorrências e elevar a sensação de segurança.
O projeto foi idealizado para ir além do patrulhamento convencional, buscando uma parceria contínua com os comerciantes e seus funcionários. Uma equipe especializada, em horário comercial e atuando tanto com viaturas quanto a pé, tem intensificado as rondas e realizado visitas presenciais aos estabelecimentos. Segundo a PM, o objetivo é apresentar e explicar a proposta do projeto, além de coletar as particularidades e demandas de segurança enfrentadas diariamente por cada empresário.
O ponto central da estratégia de comunicação é o grupo de WhatsApp, que permite um canal direto entre a equipe de patrulhamento e os comerciantes. Por meio do canal são repassadas informações como a ocorrência de crimes ou outras situações suspeitas com mais agilidade.
“O grupo serve como um contato direto para repassar informações para a gente. Se ocorreu algum crime, ou algo relevante, eles podem usar esse grupo” explica a soldado Gabriela Felicio, que está à frente do projeto em conjunto com o soldado Aécio Diogo de Carvalho Neto.
Conforme o soldado Diogo, a agilidade tem se mostrado eficaz. “Em pouco tempo alguns casos já foram atendidos. O comerciante informa rapidamente no grupo e a equipe já consegue fazer a abordagem e registrar a ocorrência contra a pessoa que cometeu o crime”, salienta.
A iniciativa não visa apenas a repressão, mas também o patrulhamento preventivo. A presença constante e a maior liberdade de comunicação têm encorajado os comerciantes a relatar incidentes que, antes, não chegavam ao conhecimento da PM. “Com essa proximidade, nós conseguimos que eles relatem as coisas do dia a dia. De repente ocorreu furto de um item de valor baixo e o comerciante acaba não informando. Estamos orientando que registre sim o boletim” afirma a soldado Gabriela.
A orientação agora é para que todos os incidentes sejam registrados, não importa o valor. A coleta desses dados é crucial, pois permite à polícia identificar padrões, áreas de maior incidência e características de suspeitos que, muitas vezes, atuam em série.
“O grupo não substitui o número de emergência. Em situações de crime ligue 190 e compartilhe as informações no grupo”, assinala Gabriela.
O modelo de policiamento de proximidade não é inédito e tem como base um projeto de sucesso iniciado em Londrina que resultou em maior acesso da polícia a regiões antes consideradas de difícil acesso. (Reportagem Lis Kato)