A região encerrou o primeiro quadrimestre com 3,6 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. O saldo é a diferença entre 23 mil admissões e 19,7 mil desligamentos, conforme os dados do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados anteontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). No comparativo com o ano passado, quando mais de 3,7 mil empregos foram criados, houve queda de 3,9%.
Neste ano, as maiores contribuições vieram da prestação de serviços e da indústria que juntas criaram 3.219 vagas. Outros setores que geraram emprego na região foram a construção civil com 221 e comércio com 176, enquanto a agropecuária fechou 7 postos de trabalho.
O município com maior saldo de empregos formais é Arapongas que abriu mais de 1,5 mil novas vagas no período, a maioria criada pelo setor de serviços e indústria. Apucarana ocupa a segunda posição no ranking com 1,1 mil vagas de trabalho, seguida de Jandaia do Sul com 338.
O economista Marcelo Vargas, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), considera o saldo de empregos muito positivo e destaca o papel da indústria de transformação que abriu 353 vagas no setor de confecções de artigos de vestuário e acessórios, com destaque para a produção de bonés em Apucarana, e a fabricação de móveis em Arapongas que criou 320 postos de trabalho.
“Além das confecções e dos móveis temos a indústria de produtos alimentícios que tem contribuído com a geração de emprego dentro da indústria de transformação, com 382 vagas de trabalho”, salienta o economista.
Vargas destaca a importância da manutenção do consumo para que o bom desempenho se continue ao longo do ano. E segundo ele, a geração de serviços é fundamental para manter o mercado forte. “O setor de serviços foi o que impactou forte essa diferença do saldo de empregos entre Apucarana e Arapongas, por exemplo. Arapongas gerou 894 postos de trabalho, a maioria para a medição de energia elétrica, gás e água, enquanto Apucarana gerou 357 vagas na prestação de serviços”, analisa.
No mês de abril, a região criou 992 vagas de emprego, alta de 116% em comparação com o ano passado no mesmo período. Os destaques foram, novamente, Arapongas, Apucarana e Jandaia do Sul que criaram 433, 263 e 109 postos de trabalho.
PARANÁ
As quase 80 mil novas vagas com carteira assinada abertas no Paraná entre janeiro e abril de 2025 estão bem distribuídas entre os municípios. Das 399 cidades paranaenses, 326 tiveram saldo positivo de postos de trabalho formais até agora no ano, o equivalente a quase 82% das localidades.
O desempenho estadual foi puxado principalmente por Curitiba, cidade mais populosa. Na Capital, o saldo anual está positivo em 17.802 vagas.