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Região soma 3,8 mil postos de trabalho em sete meses

Cindy Santos

| Edição de 30 de agosto de 2024 | Atualizado em 30 de agosto de 2024

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Ageração de empregos com carteira assinada avançou na região. Com 36,1 mil admissões e 32,3 mil desligamentos, os 26 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas atingiram o saldo de 3,8 mil postos de trabalho entre janeiro a julho deste ano. O saldo é 53% maior que o ano anterior, quando foram criados 2.501 empregos líquidos no mesmo período. Os setores com melhor desempenho foram a indústria com 1,9 mil vagas e o de serviços com 1,5 mil, seguido pela construção civil com 233, agropecuária com 104 e comércio com 2. Ao todo a região conta com um estoque de mais de 105 mil trabalhadores com carteira assinada.

O maior saldo de empregos da região é de Arapongas que, entre 14,7 mil admissões e 13 mil desligamentos, criou mais de 1,6 mil vagas de trabalho entre janeiro a julho. A indústria responde pela maioria das vagas (1,1 mil), seguida pelo setor de serviços (722) e construção civil (24). Em contrapartida, o comércio perdeu 228 postos de trabalho e a agropecuária 26. Apucarana detém o segundo maior saldo com 998 empregos gerados no período, a maioria na indústria (487).

Segundo o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), a indústria moveleira contribuiu significativamente com o saldo de empregos no setor. “Isto é demonstrado pelo aumento sistemático da produção e exportações de móveis pelas empresas do município de Arapongas. Outro setor industrial de destaque na geração de empregos foi o da fabricação de produtos alimentícios”, analisa.

“Do ponto de vista do nível de atividade econômica, os setores que possuem acesso aos mercados internacionais por meio da exportação, estão sendo beneficiados pela desvalorização do real e ganham competitividade no setor externo. Com isto aumentam suas produções, o que provoca a necessidade de contratações de funcionários”, analisa o economista.

Conforme Ribeiro, enquanto os dois maiores municípios da região apresentam o maior aumento absoluto, três municípios de pequeno porte tiveram grandes reduções de empregos líquidos em comparação com janeiro a julho de 2023: Cambira (-232), Ivaiporã (-101) e Mauá da Serra (-73).

A expectativa, entretanto, é que a geração de empregos continue em alta nos próximos meses. “Se mantendo a moeda nacional desvalorizada e o governo conseguindo manter a inflação sob controle, a expectativa é que continuemos com uma onda de geração de empregos no Estado do Paraná e, em especial, em nossa região.

Julho fechou com empregos em alta

A região criou 371 postos de trabalho com carteira assinada em julho deste ano, saldo 48% maior que o ano passado, quando 250 vagas de emprego foram geradas no mesmo período. Os maiores saldos são de Arapongas (170), São Pedro do Ivaí (50) e Jandaia do Sul (43). Houve extinção de vagas de empregos em Apucarana (-19), Bom Sucesso (-8), Rio Bom (-7) e Faxinal (-2).

Para o economista Rogério Ribeiro, a queda na geração de empregos em Apucarana é uma questão pontual, pois no acumulado, a geração de empregos é significativa no município.

“Julho foi um mês em que ocorreram muitos desligamentos na indústria, no comércio e no setor de serviços. É importante o monitoramento do mercado de trabalho local para investigar as causas dos desligamentos e verificar ações para gerar uma ruptura no ciclo”, comentou o economista.