De janeiro a novembro deste ano, a região gerou 5,4 mil postos de trabalho com carteira assinada em 27 municípios. O saldo, diferença entre 55.611 admissões e 50.211 desligamentos, é o maior desde 2021, quando foram criadas mais de 7,2 mil vagas de emprego no mesmo período. Os dados são do Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta sexta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Praticamente a metade dos postos de trabalho deste ano foi criada pela indústria de transformação, que deu origem a 2,6 mil vagas de emprego no mercado formal, com destaque para a fabricação de móveis, que contratou mais de 1,1 mil profissionais entre janeiro a novembro. A produção de produtos alimentícios criou 434 postos de trabalho.
A prestação de serviços é o segundo maior responsável pela geração de empregos na região, com mais de 1,9 mil postos de trabalho. A maioria dos prestadores de serviço atuam nos setores de informação, comunicação e atividades financeiras com 855 contratações. O ramo de administração pública, defesa, seguridade social, educação e saúde humana criou mais de 700 postos de trabalho neste contexto.
Outros segmentos contribuíram com o saldo regional como o comércio e a construção civil que criaram 546 e 261 vagas respectivamente. Entretanto, a agropecuária fechou o período com saldo negativo, com a perda de 25 postos de trabalho.
As cidades que mais geraram empregos com carteira assinada foram Arapongas (2.524), Apucarana (1.275), Jandaia do Sul (421) e Ivaiporã (274). Cinco municípios fecharam com saldo negativo: Kaloré (-15), Lunardelli (-16), Novo Itacolomi (-14), Rio Branco do Ivaí (-11) e Rosário do Ivaí (-10).
NOVEMBRO
Com 41 postos de trabalho, o mês de novembro obteve o segundo pior saldo do ano, perdendo apenas para maio, com 22 vagas. Os maiores saldos são os de Arapongas (62), Cambira (32), Lidianópolis (16) e Borrazópolis (14). Onze municípios fecharam com saldo negativo, entre eles São Pedro do Ivaí que perdeu 64 vagas de trabalho e Ivaiporã que extinguiu 23.
Para o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana, novembro é uma época em que ocorre a acomodação do nível de emprego. “A expansão dos empregos em novembro depende fortemente da atividade industrial e comercial. Na atividade industrial, é o momento de fechar as encomendas para o Natal e de entregar os contratos que estavam previstos para o ano. Em Ivaiporã, por exemplo, onde teve uma significativa perda de postos de trabalho, a atividade daquela microrregião é essencialmente agrícola, e é um momento de entressafra e de entrega dos contratos anuais”, analisa.
“Os municípios que se sobressaem no final de ano são aqueles que apresentam maior importância no comércio local, como Arapongas, Apucarana e Jandaia do Sul. É preciso que as autoridades regionais se unam para promover um aporte de atrativos que tragam cada vez mais consumidores para o comércio, ampliando a geração de emprego”, acrescenta o economista.
Paraná é o terceiro Estado em geração de empregos
O Paraná criou 167 mil novas vagas de emprego com carteira assinada entre janeiro e novembro. O saldo coloca o Estado como o terceiro maior gerador de empregos do Brasil no ano.
Nos 11 primeiros meses de 2024, houve 1.878.898 contratações e 1.711.502 demissões no Estado, que resultam em um saldo exato de 167.396 pessoas que passaram a constituir o mercado de trabalho formal no Paraná. Trata-se do maior volume do Sul do País, à frente de Santa Catarina, com saldo de 149.155, e Rio Grande do Sul, com 91.761 admissões a mais do que desligamentos.
Apenas em novembro, houve 4.121 vagas novas geradas em território paranaense, resultado de 146.718 contratações e 142.597 demissões no mês mais recente com dados consolidados pelo MTE. Com a alta do último mês, o Paraná completa 11 meses consecutivos de crescimento no quantitativo total de pessoas empregadas com carteira assinada.
O Paraná registrou saldo positivo em todos os setores econômicos definidos pelo MTE no Caged entre janeiro e novembro. O destaque é para o setor de serviços, responsável por 81.422 das vagas criadas no ano.