CIDADES

min de leitura - #

Temporal com ventos de 77 km/h causa destruição em Apucarana

Diagramação Tribuna

| Edição de 04 de outubro de 2023 | Atualizado em 04 de outubro de 2023
Imagem descritiva da notícia Temporal com ventos de 77 km/h causa destruição em Apucarana

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Os temporais que atingem o Paraná causaram muitos prejuízos ontem em Apucarana. Ventos fortes no início da tarde se transformaram em uma tempestade que atingiu seu ápice por volta das 16 horas. Segundo medição do Simepar, a velocidade do vento chegou a 77,4 km por hora causando queda de árvores de grande porte em diversos pontos da cidade – algumas sobre carros e casas – destelhamentos e alagamentos. Houve interrupção de energia elétrica e abastecimento de água.

Até a noite de ontem, equipes do Corpo de Bombeiros, Defesa Civil e da Prefeitura ainda estavam à campo e não havia um balanço da quantidade de ocorrências atendidas. O número de árvores e galhos caídos, entretanto, passa a casa das dezenas com registros em várias regiões da cidade, incluindo área central, bairros da região sul, como Igrejinha e Jardim São Pedro; zona oeste – a estrada do Parque da Raposa foi fechada após queda de árvore de grande porte – e zona norte da cidade.

Uma parte do muro do Estádio Olímpio Barreto desabou com a força do vento. 

Várias casas foram destelhadas no Residencial Fariz Gebrim. A cobertura da garagem de um prédio, localizado na Rua Oswaldo Cruz, caiu atingindo veículos.

A tempestade também deixou 32 mil imóveis sem energia elétrica durante a tarde. O número representa 52% do total das unidades consumidoras da cidade. A queda aconteceu cerca de uma hora antes do ápice da tempestade e, segundo a Copel, foi causada pelo rompimento de fiação nos jardins Diamantina e Figueira. No final da tarde, cerca de 20 mil domicílios já tinham sido religados. 

Com a interrupção de energia, o sistema de abastecimento de água de Apucarana foi paralisado. Até a noite de ontem não havia informações a respeito da normalização do serviço.

TRÂNSITO

Com a interrupção de várias ruas por conta de queda de árvores e da falta de energia, o trânsito ficou caótico no final da tarde. O superintendente de trânsito da Prefeitura, Carlos Mendes, afirmou ontem que veículos e servidores, além de terceirizados, foram acionados para atuar nos reparos em semáforos e sinalização de locais interditados. “Seguimos trabalhando noite a dentro na recuperação dos danos”, informou Mendes.

Equipes da Superintendência de Trânsito, da Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), Secretaria de Serviços Urbanos, Guarda Civil Municipal (GCM) e da Defesa Civil integraram uma força-tarefa junto com o Corpo de Bombeiros. Um levantamento completo de danos materiais, queda de árvores e eventuais vítimas ainda não havia sido concluído na noite de ontem.

Segundo a tenente Ana Paula Zanlorenzi, a população pode se dirigir até o Corpo de Bombeiros para retirada de lonas. A indicação é que o material seja utilizado para proteção de móveis e eletrodomésticos. “Estamos com todas as nossas equipes disponíveis nas ruas”, comentou. 

Estragos em Arapongas

O temporal também provocou alguns estragos em Arapongas. De acordo com a Defesa Civil, foram registradas quedas de energia em diversos bairros, além de alagamentos e quedas de árvores nas regiões do Conjunto Araucária, Tropical e outros pontos da cidade, inclusive na área central. Também houve destelhamento de alguns domicílios e destelhamento parcial do Paço Municipal. A Defesa Civil e Corpo de Bombeiros seguem contabilizando os danos e prestando os devidos atendimentos. 

Escapei da morte, diz motorista de carro atingido 

Além de imóveis, vários carros foram atingidos no temporal. Na Travessa Ponta Grossa, nas proximidades do Estádio Olímpio Barreto, na Vila Nova, um Corsa Sedan que trafegava na via teve a traseira destruída por uma árvore. O motorista não se feriu.

Na mesma região, a motorista de um Chevrolet Tracker foi surpreendida pela queda de uma árvore na Avenida Minas Gerais. Mara Zecche conta que estava indo buscar o filho em uma atividade escolar realizada em um chácara quando foi surpreendida pelo temporal. 

“Escureceu tudo, a gente não conseguia nem enxergar”, conta. Quando ela mudou de faixa, a árvore caiu sobre o carro. “Foi um livramento porque vi a morte de perto. Senti um cheiro de queimado, me desesperei e tentei sair, mas fiquei presa no carro. Foi aí que gritaram pedindo para ficar no carro porque tinha fio solto”, comenta a motorista, que estava sozinha no carro e foi socorrida sem nenhum ferimento pelo Corpo de Bombeiros.

Nas proximidades do Espaço das Feiras, uma árvore também atingiu um GM Corsa, que estava estacionado. Na Rua Oswaldo Cruz, dois carros - um Ônix e um Fiesta - também foram atingidos.