POLÍTICA

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Deltan ironiza declarações do ministro Moraes

Da Redação

| Edição de 05 de janeiro de 2024 | Atualizado em 05 de janeiro de 2024
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O deputado cassado Deltan Dallagnol (Novo-PR), ex-procurador da República que chefiou a força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná, colocou sob suspeita os planos para prender e matar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revelados pelo próprio magistrado em entrevista a O Globo.

“Quem planejou matar o ministro e quais são as provas desse plano?”, escreveu nas redes sociais. “Por que não soubemos dessas pessoas até agora?”

O deputado cassado questiona, por exemplo, por que o ministro não revelou a identidade dos responsáveis por esses planos. O caso está sob investigação na Polícia Federal e tramita em sigilo, o que limita a divulgação de informações para não comprometer o andamento dos trabalhos.

Em entrevista ao Estadão Conteúdo, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, afirmou que os planos foram descobertos a partir de mensagens em redes sociais recuperadas pela corporação. “Não podemos pagar para ver se essa gente vai ou não executar, se isso é bravata ou não.”

Deltan também enfatizou que Moraes estava com a família em Paris no dia 8 de janeiro e que os planos seriam executados naquele dia. O Estadão obsereva, no entanto, que o ex-chefe da Lava Jato e ex-deputado está enganado. O ministro não afirmou que os planos de atentado seriam colocados em prática na mesma data dos atos golpistas em Brasília. Na entrevista, Moraes afirma que a ideia era prendê-lo em “um domingo”.

O ex-chefe da Operação Lava Jato ainda sugeriu que, com a descoberta dos planos, Moraes deveria se declarar suspeito para julgar os processos relacionados aos atos golpistas do dia 8 de janeiro. O ministro é o relator das investigações e ações penais.

De acordo com Alexandre de Moraes, bolsonaristas radicais teriam planejado diferentes roteiros para prendê-lo e até executá-lo. O ministro se tornou um dos alvos preferenciais dos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, por conduzir investigações sensíveis à sua base de apoio. Moraes afirmou que até a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) teria sido usada para “monitorar” seus passos. (ESTADÃO CONTEÚDO)