POLÍTICA

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Em coletiva, Lula diz que vai reverter queda nas pesquisas

Da Redação

| Edição de 30 de janeiro de 2025 | Atualizado em 30 de janeiro de 2025

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a queda de aprovação de seu governo, apontada recentemente por pesquisas, era algo previsto, uma vez que o governo ainda não fez as entregas prometidas em campanha.

Ele, no entanto, garantiu que essas entregas serão feitas, uma vez que, nos dois anos do atual mandato, já fez mais, em termos de preparação, do que em seus mandatos anteriores.

A afirmação foi feita durante coletiva de imprensa ontem no Palácio do Planalto, onde o presidente abordou uma série de assuntos.

Na avaliação de Lula, as pesquisas de avaliação do governo precisam ser analisadas numa perspectiva de atuar nas correções necessárias na administração pública. Mas, segundo o presidente, ainda é muito cedo para se chegar a conclusões sobre como a situação estará em 2026, quando terá início o período eleitoral.

“Quero lembrar que eu deixei a Presidência com 87% de [avaliações em] bom e ótimo. Tenho consciência do que nós estamos fazendo, mas tenho muita consciência das coisas que falo para vocês. Cada coisa que eu falar, nós vamos entregar”, disse Lula ao afirmar que fará mais neste governo do que fez nos anteriores.

“Eu posso te garantir: em dois anos de governo, nós preparamos esse país mais do que nos meus outros oito anos [de governo]. Só no PAC serão R$1,8 trilhão”.

ALIMENTOS

Sobre o cenário de inflação dos preços, especialmente dos alimentos, o presidente disse que não tomará nenhuma medida impositiva sobre o mercado.

“O aumento dos preços de comida que vão na cesta básica é sempre muito ruim, porque eles afligem as pessoas mais pobres, os trabalhadores mais humildes que a gente quer proteger. Eu não tomarei nenhuma medida daquelas que são bravata. Não farei cota, não colocarei helicóptero para viajar fazenda e prender boi como foi feito no Plano Cruzado. Eu não vou estabelecer nada que pode significar o surgimento de mercado paralelo”, comentou.

TRUMP

Sobre política iternacional, Lula afirmou que buscará uma relação de respeito com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

“Eu já governei o Brasil com presidente republicano, já governei com presidente democrata. E a minha relação é sempre a mesma, a relação é de um Estado soberano com outro Estado soberano. O Trump foi eleito para governar os Estados Unidos e eu fui eleito para governar o Brasil”, afirmou Lula.

Caso o presidente dos EUA concretize declarações recentes de que poderia impor tarifas de exportação contra produtos de países como o Brasil, Lula destacou que a postura do governo será a de reciprocidade, com taxação inversa de produtos norte-americanos importados pelo Brasil. “Se ele taxar os produtos brasileiros, haverá reciprocidade do Brasil em taxar os produtos americanos. É simples, não tem nenhuma dificuldade”.