O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se manifestou, nesta sexta-feira, sobre a saída de mais uma mulher de postos de chefia no governo federal para acomodar nomes do Centrão, após a demissão da presidente da Caixa Econômica Federal, Rita Serrano.
“Eu lamento profundamente não poder indicar mais mulheres do que homens no governo. Acontece, que quando você estabelece uma aliança com um partido político, nem sempre esse partido tem uma mulher para indicar. Mas isso não quer dizer que eu não possa tirar homens e colocar mulheres no governo”, explicou o petista, ao lado da primeira-dama Rosângela Silva, a Janja. Lula falou sobre o assunto a jornalistas em evento comemorativo aos seus 78 anos de idade, no Palácio da Alvorada.
O presidente ainda afirmou que, em face do pouco tempo do governo, a equipe foi capaz de conseguir grandes feitos. E que, apesar de ter intenção de indicar mais mulheres a diversos cargos – o que ele chamou de “política pessoal” –, não é “possível fazer nada”, caso o partido não tenha mulheres a indicar.
“Só temos 10 meses de mandato, ainda posso trocar muito mais gente. (…) A mulher veio para ficar na política. Vai ter mulher no governo em outros cargos, é uma disposição política minha”, destacou.
Lula também pediu para que não houvesse confusão sobre a paciência dele com a própria recuperação, após as cirurgias realizadas no fim de setembro, com falta de urgência na tomada de decisões. E disse esperar que, até o fim do mandato, consiga indicar mais mulheres nos cargos do governo. (ESTADÃO CONTEÚDO)