POLÍTICA

min de leitura - #

Ministro descarta segurança máxima no dia 8 de janeiro

Da Redação

| Edição de 03 de janeiro de 2024 | Atualizado em 03 de janeiro de 2024
Imagem descritiva da notícia Ministro descarta segurança máxima no dia 8 de janeiro

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou nesta quarta-feira que não há “preocupação maior” sobre a segurança do ato que vai relembrar o aniversário de um ano dos ataques de 8 de janeiro em Brasília. Em entrevista à Rádio Eldorado, o número 2 do ministério foi questionado sobre a movimentação de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em direção à capital federal neste início do ano e se haveria controle dos ônibus que entram na cidade.

“A segurança será reforçada, haverá monitoramento. O monitoramento está em curso”, respondeu Cappelli. “Até o momento, não há nada que gere preocupação maior, adicional. Claro que essas informações de inteligência mudam todo dia, mas até o momento não há nada que gere preocupação.”

Autoridades do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) se reuniram na semana passada para discutir o esquema de segurança do evento. O objetivo da cerimônia é lembrar os ataques aos prédios públicos e reforçar compromissos com a democracia. O ato contará com a presença dos chefes dos Três Poderes e de governadores estaduais.

Alguns dos governadores mais alinhados ao ex-presidente, como Ibaneis Rocha (MDB) e Tarcísio de Freitas (Republicanos), já avisaram que não vão comparecer por estarem de férias. O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, pediu aos comandantes militares que reservem suas agendas em 8 de janeiro de 2024. Ele faz questão que as Forças Armadas estejam no evento preparado pelo Palácio do Planalto.

Cappelli é braço direito de Flávio Dino desde que o próximo ministro do STF era governador no Maranhão. Ele é cotado para assumir o lugar de Dino no ministério e chefia a pasta enquanto o titular está de férias. Na entrevista à Eldorado, Cappelli defendeu a gestão atual na área de segurança pública e argumentou por uma maior integração entre as diferentes corporações de polícia.

“O que nós construímos esse ano (2023), independentemente da escolha que o presidente Lula deve fazer em breve, esse caminho tem se mostrado correto”, disse. “Não há outro caminho para enfrentar o crime organizado que não seja o Susp (Sistema Único de Segurança Pública), a integração entre guarda municipal, polícias estaduais e federal.”

Ele destacou que o efetivo da Polícia Federal (PF) não é suficiente para combater crimes de fronteira e disse não haver espaço fiscal para aumentar o número de agentes. Por isso, para Cappelli, a única saída seria a integração entre as forças de segurança.