POLÍTICA

min de leitura - #

Moraes defende regras para inteligência artificial

Da Redação

| Edição de 12 de dezembro de 2023 | Atualizado em 12 de dezembro de 2023
Imagem descritiva da notícia Moraes defende regras para inteligência artificial

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, afirmou nesta terça-feira que é absolutamente necessário que o Congresso Nacional regulamente a utilização da inteligência artificial já para as Eleições Municipais de 2024.

“É um mecanismo muito perigoso. Começou sem transparência, esse é o grande problema da inteligência artificial, dos algoritmos utilizados. Se não há transparência, não há possibilidade de controle, mesmo que posterior. Há uma total impunidade”, disse o ministro.

Segundo ele, essa regulamentação deve ocorrer, não só para as eleições, mas também na questão da proteção do consumidor. “A inteligência artificial é uma realidade, um avanço tecnológico, que pode ser desvirtuado pelo ser humano, pelas big techs. Quem pode desvirtuar deve ser responsabilizado”, defendeu Alexandre de Moraes.

O ministro fez as declarações ao participar, em Brasília, do 5º Seminário Diálogos entre os Poderes e os 35 anos da Constituição Federal – Direitos Fundamentais e a Sociedade em Ação. O evento é realizado pelo Instituto de Estudos Jurídicos Aplicados (IEJA).

No painel Tecnologia, Inovação e Direitos Fundamentais na Era Digital, o presidente do TSE defendeu a regulamentação da inteligência artificial e também do que é feito nas redes sociais para combater as notícias falsas e punir os crimes cometidos.

“Até você comprovar que (aquilo que foi divulgado) não é verdade, milhões de pessoas vão ter acesso. Depois, nem todas terão acesso ao desmentido. Mesmo as que tiverem, nem todas vão acreditar”, explicou Alexandre de Moraes.

O ministro informou que já criou um grupo de trabalho no TSE para regulamentar o uso das redes sociais e da inteligência artificial nas eleições. (EDITORIA DE POLÍTICA)