POLÍTICA

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Mulheres se sentem inseguras em aplicativos de transporte, diz pesquisa

Da Redação

| Edição de 10 de setembro de 2025 | Atualizado em 10 de setembro de 2025

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Pesquisa realizada pela Procuradoria da Mulher da Câmara de Apucarana aponta que mais da metade das participantes (54,4%) já deixaram de usar aplicativos de transporte no município por se sentirem inseguras ou em risco. Os números reforçam situação de assédio no serviço, como a denunciada anteontem por uma passageira que acionou a PM após se sentir constrangida pelo motorista.

A mesma pesquisa aponta que 97,1% das entrevistadas usariam um aplicativo exclusivo para mulheres, com motoristas e passageiras do sexo feminino, caso esse serviço estivesse disponível em Apucarana.

Segundo a procuradora da Mulher, a vereadora Eliana Rocha (Solidariedade) a pesquisa surgiu a partir de reclamações de usuárias de aplicativos e evidencia a atualidade do trabalho que vem sendo desenvolvido.

“Estamos nos antecipando. A segurança das mulheres é uma prioridade fundamental para a Procuradoria da Mulher da Câmara de Apucarana. Sabemos que situações de assédio e violência, infelizmente, ainda são muito comuns, inclusive em serviços que deveriam garantir conforto e proteção, como os aplicativos de transporte. Por isso, desde maio temos trabalhado intensamente, por meio de pesquisas e projetos, para identificar os desafios e propor soluções eficazes que garantam maior segurança e tranquilidade para todas as mulheres”, comentou a vereadora.

Eliana é autora do projeto “Parada Segura”, que visa a proteção das mulheres também nos meios de transporte coletivo.

O presidente da Câmara, Danylo Acioli (MDB), destacou a ação do órgão. “Casos como este reforçam a importância do trabalho realizado pela Procuradoria da Mulher. Estamos comprometidos em promover ações que garantam mais segurança e proteção às mulheres em nossa cidade”, disse.

O CASO

Na terça-feira (9), por volta das 14h, uma mulher denunciou um caso de assédio sexual cometido por um motorista de aplicativo em Apucarana. Segundo o boletim de ocorrência, o condutor, que aparentava ter cerca de 60 anos, fez perguntas pessoais e constrangedoras durante a corrida e a encarou de forma invasiva ao saber que ela não tinha namorado. Ao fim da viagem, ele permaneceu observando a vítima mesmo após o desembarque.

A Polícia Militar foi acionada, orientou a mulher sobre os procedimentos legais, e o caso será investigado pelas autoridades competentes.