POLÍTICA

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Paraná registra queda de 85% nos casos de dengue em 2025

Da Redação

| Edição de 07 de agosto de 2025 | Atualizado em 07 de agosto de 2025

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Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) aponta que entre janeiro e julho de 2025 o número de casos confirmados de dengue caiu 85,72% em relação ao mesmo período do ano passado, passando de 613.371 em 2024 para 87.598 neste ano. A redução também foi observada nos óbitos, que passaram de 729 em 2024 para 129 em 2025, numa queda de 82,30%. Já o número de notificações da doença teve redução de 72,13%, caindo de 910.855 para 253.889.

Na área da 16ª RS de Apucarana a queda também foi expressiva. De acordo com dados tabulados com base nos boletins epidemiológicos da Sesa, a região reduziu em 88,8% o número de casos, passando de 44.067 entre janeiro e julho do ano passado para 4.922. A redução de óbitos foi maior: 79 contra 3, queda de 96,2%.

Assim como no ano passado, os sorotipos circulantes da doença no Paraná são o DENV-1, 2 e 3. Os dados podem ser analisados nos boletins divulgados pela Secretaria da Saúde neste site. Atualmente, a divulgação do boletim é realizada quinzenalmente.

“A expressiva redução de casos e óbitos por dengue é resultado de um trabalho intenso que vem sendo realizado em parceria com os municípios. Estamos investindo em tecnologias mais eficazes para o monitoramento e controle do vetor, capacitando nossas equipes e fortalecendo a atuação na atenção básica e na vigilância em saúde”, disse o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.

OVITRAMPAS – Alguns municípios já utilizavam as armadilhas ovitrampas como método de monitoramento do Aedes aegypti, e este ano, após a implementação da estratégia como política pelo Ministério da Saúde, o Paraná reforçou a ação. As ovitrampas funcionam como um criadouro para que a fêmea do mosquito deposite seus ovos.

Após a instalação dessas armadilhas, os municípios vistoriam essas unidades periodicamente, contando e identificando laboratorialmente a quantidade de ovos encontrados em cada ovitrampa. Esse dado representa a densidade do vetor nas áreas urbanas e permite que as ações de combate sejam direcionadas com maior precisão.

Atualmente, 170 municípios já iniciaram a implantação de armadilhas ovitrampas, representando 43% do território estadual. A nova metodologia tem permitido uma análise mais frequente da infestação e o redirecionamento das equipes para áreas com maior densidade do vetor.

CAPACITAÇÃO – Outra estratégia são as capacitações contínuas promovidas pela Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesa para o fortalecimento das ações de saúde. As Oficinas Macrorregionais sobre as novas diretrizes nacionais para o controle das arboviroses têm qualificado profissionais de todos os municípios, incluindo coordenadores, supervisores e agentes de combate a endemias.

Também estão em andamento treinamentos sobre manejo clínico em todo o Estado, além de ações voltadas à vigilância epidemiológica e à atenção primária, previstas para o segundo semestre.

Biofábrica atua contra doença

O Paraná também ganhou recentemente a maior biofábrica do mundo de mosquitos Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, os chamados Wolbitos, no Parque Tecnológico da Saúde do Governo do Paraná, em Curitiba. Ela vai ampliar a produção em larga escala de mosquitos utilizados no controle biológico do vetor transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika Vírus.

A implantação da unidade, com capacidade estimada de até 100 milhões de ovos de mosquitos por semana, foi viabilizada com uma parceria com o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), e priorizará municípios com alto risco de transmissão de arboviroses. A bactéria presente no mosquito impede o desenvolvimento do vírus da dengue.