GERAL

min de leitura

PMs acusados de executar morador responderão por homicídio qualificado

(via Agência Brasil)

| Edição de 06 de agosto de 2025 | Atualizado em 06 de agosto de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A imagem capturada pela câmera corporal do policial militar Danilo Gehrinh revela um homem, aparentando ter cerca de 30 anos, sendo conduzido por policiais para debaixo de um viaduto. Na cena, também está presente o policial Alan Walace dos Santos Moreira. Os policiais pressionam o homem contra uma parede, sem que ele demonstre qualquer reação. Pouco depois, a câmera é coberta e o homem, identificado como Jeferson, foi morto com três tiros de fuzil.

O incidente foi relatado à Polícia Civil como uma morte após resistência, com a alegação de que o homem tentou tomar a arma dos policiais. No entanto, o Ministério Público de São Paulo acusa os policiais de mentirem, afirmando que Alan executou o homem, com a conivência de Danilo, que encobriu a ação, e sem a oposição do motorista do grupo, o policial Alan Eliel Aquino Vieira.

A execução, ocorrida no Viaduto 25 de Março, no centro de São Paulo, resultou no pedido de prisão cautelar de Alan Walace e Danilo, concedido em 22 de julho pela juíza Luciana Scorza. Ela aceitou a acusação inicial de homicídio com motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima, qualificadoras do crime.

De acordo com a denúncia, em 13 de junho, os réus estavam em patrulhamento de rotina quando decidiram abordar o homem após vê-lo descendo de uma árvore. Sem documentos, a vítima foi levada para trás de um pilar sob o viaduto, onde foi executada. Para a promotoria, Gehrinh aderiu ao propósito homicida do colega e cobriu a lente da câmera corporal no momento dos disparos para impedir o registro da execução. A juíza considerou haver "indícios suficientes de autoria e materialidade, não sendo o caso de rejeição liminar, uma vez que a inicial permite a plena identificação dos elementos da ação penal".

Segundo a Secretaria de Segurança do estado, os policiais estão detidos no Presídio Militar Romão Gomes, na zona norte da capital. "A Polícia Militar repudia veementemente a conduta dos policiais militares envolvidos. O Comando Geral da PM, assim que tomou conhecimento das imagens, solicitou imediatamente pela prisão dos agentes", afirmou a nota do órgão.

A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia do Ministério Público (MP-SP) contra os dois policiais militares, que agora são réus por homicídio qualificado. O caso está sob investigação da Corregedoria da Polícia e do Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). As defesas dos policiais não foram encontradas para comentar o ocorrido.



Com informações da Agência Brasil