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‘Prédio ainda está em construção’, diz Rodolfo sobre Hospital de Apucarana

Fernando Klein

| Edição de 07 de março de 2025 | Atualizado em 07 de março de 2025

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O prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) afirmou nesta sexta-feira (07) que o Hospital de Apucarana ainda está em obras e, por isso, o município decidiu notificar a empresa vencedora da licitação para desocupar o local. Além disso, ele disse que o hospital “não existe” para a Secretaria de Estado da Saúde, já que o Estado não recebeu nenhum tipo de comunicação oficial sobre o assunto. No entanto, garantiu que há intenção do município em colocar o prédio para funcionar como “hospital dia”.

Na quarta-feira (05), a Prefeitura notificou a empresa S3 Gestão em Saúde, da Bahia, a desocupar o prédio. Funcionários da S3 estavam no local desde o final do ano passado e, em ofício à Prefeitura, apresentado pelo prefeito, informaram que vieram para o município a pedido da gestão anterior mesmo cientes de “inconsistências na obra”. A empresa retirou materiais e móveis do local já na última quinta-feira (07).

“Há um prédio em construção que ainda não foi terminada a obra”, disse, lamentando a entrega da obra às vésperas do encerramento do mandato anterior. “Também não era possível que uma outra empresa da Bahia, que venceu uma licitação que foi feita antes de terminar a obra, estivesse de posse irregular de um prédio que é do povo de Apucarana, que é um prédio público. A empresa não tinha qualquer documento para poder estar de posse e estar dentro desse prédio, dividindo o espaço ali com a construtora”, acrescentou.

Segundo Rodolfo, havia dentro do Hospital de Apucarana apenas alguns equipamentos e móveis. “Havia lá algumas mesas, algumas escrivaninhas, algumas cadeiras, mesas, computadores, sete camas hospitalares e quatro macas. Não tinha nada de equipamentos hospitalares milionários, muito pelo contrário”, disse.

O prefeito afirma que a Secretaria de Obras da atual gestão notificou a construtora para que faça reparos e melhorias até 20 de março”. “A gente está preocupado que esse prédio fique bem construído, porque depois que a gente recebe-lo, aí passa a ser nossa responsabilidade a tocar”, disse, acrescentando que uma vistoria será feita juntamente com outra empresa antes do recebimento da obra.

O prefeito acrescentou ainda que a Secretaria do Estado de Saúde e a 16ª Regional de Saúde “nunca receberam um único formulário, um único documento sequer, em relação à existência desse prédio”. “Não é nem ao funcionamento do hospital. É em relação à existência desse prédio”, disse.

Sobre a S3, que venceu a licitação, Rodolfo assinalou que a situação da empresa será analisada, assim como a licitação feita. O prefeito, no entanto, assinalou que a intenção é usar o imóvel como “hospital dia” para fazer cirurgias de baixa e média complexidade, reduzindo a fila de cirurgias eletivas. “Hospital dia é aquele que atende o paciente que entra de manhã e sai à noite. Ou, no máximo, tem um pernoite. As cirurgias mais complexas continuarão sendo feitas no Providência ou em outros hospitais da região. Então, sim, nós temos a intenção, temos o interesse de que aquele prédio, em algum momento, possa contribuir conosco no atendimento à saúde”, garantiu.

O ex-prefeito Junior da Femac (MDB) foi procurado e o espaço colocado à disposição para comentar o assunto, mas não respondeu as mensagens.

Prefeito afirma que espera documentação do Hospital da Acea

Durante a entrevista coletiva, o prefeito de Apucarana, Rodolfo Mota (União Brasil), assinalou que a Prefeitura está conversando com o Instituto Santa Clara no sentido de agilizar a liberação de funcionamento a partir do envio dos projetos e das intervenções necessárias para a concessão do alvará.

“Aquele é um hospital privado, diferente do Hospital de Apucarana, que é de responsabilidade do município. O que nós combinamos com a instituição que administra o Hospital da Acea (Instituto Santa Clara) é que, tão longo eles façam o necessário, que mandem os projetos, a prefeitura vai trabalhar com maior agilidade possível, porque é meu interesse e interesse de Apucarana que haja mais uma porta aberta para cirurgias na cidade”, disse.

Sobre a denúncia do arquiteto Leonardo Britici, que afirmou que o instituto usou irregularmente o processo da obra e que tem direitos autorais, o prefeito assinalou que essa é uma situação privada, que precisa ser resolvida pelo profissional com a empresa gestora do Hospital da Acea.

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