Num ambiente bastante tumultuado nas galerias, a Câmara de Vereadores de Apucarana realizou na noite desta sexta-feira duas sessões extraordinárias para votar seis projetos encaminhados pelo Poder Executivo. Quatro tratavam basicamente de direitos dos servidores. Um foi retirado de pauta pelo prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) em reunião à tarde com a diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Apucarana e Região (Sindspa). Outros três foram excluídos antes de iniciar a sessão, após protestos dos servidores.
A retirada foi feita para um melhor estudo das alterações que estão sendo feitas.
Foram excluídos da votação os projetos de emenda à Lei Orgânica do Município, que trata de pagamento de adicionais aos professores especializados e os que tratam das gratificações na saúde e na educação, além de avanços funcionais na carreira dos servidores (quinquênios e biênios).
Quanto às gratificações para motoristas da saúde e educação, ficou acordado na reunião com o sindicato o valor médio de R$ 1.300, porém ainda será estudado como serão feitas correções posteriores.
Mesmo com a retirada desses projetos, servidores continuaram fazendo manifestações na galeria. Por diversas vezes, o presidente da Câmara, Danylo Acioli (MDB), teve que pedir silêncio da plateia.
Ao anunciar o vereador Moisés Tavares (PP) como líder do governo na Câmara, Danylo também já pediu ao vereador que lesse o comunicado do prefeito retirando projetos de votação. Neste momento, a plateia voltou a fazer tumulto nas galerias. “Minha saudação respeitosa e amistosa com nossos valorosos servidores públicos do município de Apucarana”, minimizou Tavares. Ele explicou que os projetos foram retirados em comum acordo com os vereadores da base e do sindicato. Neste momento, servidores voltaram a fazer manifestações. “Peço atenção a todos os servidores públicos que aqui estão para que entendam o procedimento legal e normativo que tomaremos”, disse. Ele explicou que o autor dos projetos é o prefeito e quem poderia retirar da pauta era só ele e não os vereadores.
Os dois projetos restantes foram aprovados por unanimidade. O que cria a Secretaria Municipal de Governo e extingue a chefia de Gabinete e a Secretaria de Comunicação; e o que cria a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Transporte, Trânsito Defesa Civil e Mobilidade Urbana.
Apesar das manifestações o presidente da Câmara, Danylo Acioli, agradeceu a presença popular na Câmara. “Nós convocamos essa sessão para o período da noite para que a população pudesse participar. Essa foi uma sessão extraordinária com grande participação popular e isso nos engrandece”, disse. Mesma opinião defendendo a participação popular manifestou o vereador Guilherme Livoti (União Popular).