O prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) informou na manhã de ontem, em entrevista coletiva, que o município decidiu manter abertas as escolas municipais Professor Durval Pinto e Gabriel de Lara em Apucarana. O fechamento das unidades havia sido confirmado no início da manhã pela assessoria de imprensa da Prefeitura. Segundo o prefeito, os dois estabelecimentos de ensino seriam fechados por conta de um planejamento da gestão passada, com os alunos sendo redistribuídos. Durante a coletiva, o prefeito também anunciou investimentos no setor, como a aquisição de mochilas e contratação de 10 novos professores (leia mais sobre os investimentos na pag 5).
Rodolfo Mota informou que a decisão de manter abertas as escolas ocorreu porque os pais e servidores não foram avisados com antecedência da mudança, o que geraria transtornos. Pais, inclusive, procuraram a reportagem para reclamar dessa alteração.
“Nós recebemos a gestão com duas escolas que foram ampliadas para receber os alunos oriundos delas (escolas Durval Pinto e Gabriel de Lara): nove salas na Escola Madalena Coco e oito na Escola Dinarte Pereira de Araújo. Esse investimento beira R$ 1 milhão e foi feito para que os alunos dessas duas escolas fossem remanejados. Foi um planejamento da gestão anterior. Infelizmente, não fizeram esse comunicado à população, aos pais, aos servidores. Não contaram que esse era o plano da gestão anterior”, disse o prefeito.
Ele afirma que a atual gestão estava analisando a situação e decidiu manter o funcionamento neste ano para depois reavaliar a situação. “Recebemos o mandato há 23 dias. Estávamos analisando o que fazer em relação a isso. Conversando com a equipe da educação, entendemos por bem, justamente por conta da população que já se organizou, faltando 10 dias para o início das aulas, manter as aulas na Durval Pinto e Gabriel de Lara para que a gente possa organizar com as famílias, no ano que vem, o deslocamento desses alunos”, disse o prefeito, lembrando que a situação já estava posta quando ele assumiu o cargo. “Foram investidos recursos para ampliar as outras duas escolas. Esta não é uma decisão que foi tomada nesta gestão, até porque estamos há 23 dias (na prefeitura) e essa obra demorou um ano”, disse.
As duas escolas atendem juntas quase 400 estudantes.
Presidente da Câmara pede informações e ex-prefeito nega medida
A informação a respeito do fechamento das escolas também causou repercussão junto à Câmara Municipal. Horas antes do prefeito Rodolfo Mota anunciar que as unidades serão mantidas, o presidente da Câmara, Danylo Acioli (MDB) encaminhou um documento à secretária municipal de educação, Ana Paula do Carmo, solicitando informações a respeito do fechamento.
“Fomos surpreendidos com a notícia desse fechamento e me estranha que 12 dias antes do início das aulas não tenham sido tomadas quaisquer medidas para avisar os pais”, comentou.
Questionado pela reportagem, o ex-prefeito Junior da Femac (MDB) negou que a sua administração tenha determinado o fechamento das duas escolas.
A ex-secretária de Educação, professora Marli Fernandes também afirmou que essa medida não era planejada em sua gestão. “Para definir, o primeiro passo seria uma reunião com os pais, no caso de concordarem, teria que fazer protocolo no Núcleo Regional de Educação, direcionado ao Conselho Estadual de Educação solicitando autorização para fechar”, comentou.