O governo federal complementou nesta terça-feira (01) o Plano Safra 2025/26 com o anúncio de R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial, destinados a médios e grandes produtores. O volume é 1,5% superior aos R$ 508,6 bilhões liberados no ciclo passado. Para a agricultura familiar, na segunda-feira (30) já tinham sido anunciados R$ 89 bilhões.
Em termos de disponibilidade de recursos, o custeio foi privilegiado com oferecimento de R$ 414,7 bilhões (no exercício anterior tinha sido R$ 401,3 bilhões). Para investimento houve corte, com o montante passando de R$ 107,3 bilhões para R$ 101,5 bilhões.
Em período de alta na taxa Selic, que está em 15%, os juros oferecidos aos agricultores subirão até 2 pontos porcentuais. Os médios produtores terão os custeios balizados em 10%, enquanto os demais têm taxa de 14%. Os investimentos variam entre 8,5% e 13,5%.
O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, destacou que o Paraná tem se colocado à frente na boa oferta de crédito aos agricultores do Estado. Desde 2020, por exemplo, foi lançado o Banco do Agricultor Paranaense. Por meio dele, o governo concede subvenção econômica a produtores rurais, cooperativas e associações de produtores com vistas a fortalecer as cadeias produtivas do Estado.
As subvenções de juros variam de 5% até 100% dependendo da categoria do produtor e da finalidade da operação de investimento. “Os benefícios oferecidos pelo Banco do Agricultor Paranaense visam ajudar na tomada de decisão para investimentos que agreguem valor aos produtos e mais ganho aos produtores”, reforçou Marcio Nunes.
Desde sua criação, o Banco do Agricultor Paranaense já possibilitou investimentos superiores a R$ 1,092 bilhão em 8.404 projetos. O Estado equalizou cerca de R$ 311,2 milhões.
Nunes destacou, ainda, que o Paraná também criou, em abril deste ano, o Fundo de Investimento Agrícola do Paraná (FIDC Agro Paraná), primeiro instrumento nesses moldes no Brasil. O objetivo é alavancar até R$ 2 bilhões para o financiamento de projetos estruturantes no campo.
A proposta é impulsionar o agronegócio com apoio direto ao cooperativismo, à modernização tecnológica e ao fortalecimento da renda em regiões produtoras. O Fundo já recebeu o primeiro aporte, no valor de R$ 261 milhões. A operação foi formalizada pela Fomento Paraná, instituição estadual responsável pela estruturação do fundo, em parceria com a cooperativa C.Vale e o Sicredi.