A credibilidade da urna eletrônica voltou à pauta nesta semana no País, após o Congresso Nacional derrubar o veto da presidente Dilma Rousseff (PT) à lei que determinava a impressão de votos. Os parlamentares decidiram manter o projeto original, incluído na minirreforma eleitoral aprovada neste ano, sob o argumento de que a impressão do voto garantiria formas concretas de auditar a votação.
A retomada do voto impresso passou a ser defendida pela oposição, que questiona a legitimidade do resultado da disputa presidencial passada. A decisão do Congresso, no entanto, gerou polêmica. O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli classificou a mudança como “retrocesso”. Segundo ele, a medida representará um gasto extra de R$ 1,7 bilhão e só poderá entrar em vigor em 2018.
Por outro lado, especialistas em segurança de informação defendem a impressão dos votos no Brasil. Isso porque, segundo eles, o sistema atual do TSE não permite auditoria nas eleições. Assim, é possível conferir e confirmar os resultados, dissipando qualquer dúvidas. Os especialistas contestam também o valor da impressão do voto apontada pelo presidente do TSE.
Tudo que for para garantir maior lisura ao processo eleitoral precisa ser colocado em prática, inclusive o voto impresso, que apenas funcionaria como uma forma de consulta. Não haveria retrocesso na questão de compras de votos ou algo assim. É apenas um mecanismo a mais para garantir transparência no processo eleitoral brasileiro.
O voto eletrônico garante agilidade na apuração e o modelo nacional é bastante elogiado pela rapidez. Antigamente, a demora para apontar os eleitos era enorme, sem contar o desgaste e a chance de fraudes. Além disso, a maioria dos países que utiliza o voto eletrônico emite uma via impressa para a auditoria do sistema.
Portanto, quando mais mecanismos de segurança, melhor. Basta adequar as urnas eletrônicas, encontrando uma forma de reduzir os gastos. Com isso, acabará a polêmica sobre eventuais falhas na votação eletrônica e os perdedores poderão se conformar mais rapidamente com a derrota.