A recomposição do Orçamento para garantir a manutenção de programas sociais e de serviços públicos é prioridade da equipe de transição, disse ontem o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin. Ele anunciou os nomes que vão compor o grupo técnico que analisará a economia na transição para o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os trabalhos foram repartidos entre economistas que ajudaram a criar o Plano Real e economistas ligados ao PT.
Farão parte desse grupo os economistas André Lara Resende, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no governo Fernando Henrique Cardoso e um dos formuladores do Plano Real; Pérsio Arida, ex-presidente do BNDES e do Banco Central; o professor da Universidade de Campinas (Unicamp) Guilherme Mello; e Nelson Barbosa, ministro da Fazenda no segundo governo Dilma Rousseff.
Em pronunciamento, Alckmin lembrou que a definição dos nomes que coordenarão a transição não significa a ocupação de cargos ou de ministérios no próximo governo. O vice-presidente eleito também confirmou que Guido Mantega, ministro da Fazenda de 2006 a 2014, participará da transição, mas em outro grupo técnico.
Alckmin assinou ontem as portarias que instalam o Gabinete de Transição e distribuem as coordenações. Ao todo, há 31 grupos temáticos, como economia e desenvolvimento social, e comitês políticos comandados por presidentes de partidos aliados ao novo governo. Os trabalhos ocorrerão no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília.
A área de assistência social será comandada pela senadora Simone Tebet (MDB-MS); pelas ex-ministras do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes e Tereza Campello e pelo deputado estadual mineiro André Quintão (PT-MG).
Segundo Alckmin, os conselhos políticos serão compostos por representantes dos seguintes partidos: PT, PSD, PSB, Agir, PROS, Avante, Solidariedade, PV, PSOL, PCdoB e PDT.
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, chegou a Brasília ontem por volta das 17h. Ele terá reuniões hoje com os presidentes dos poderes Legislativo e Judiciário. Estão previstos encontros com Lira e Pacheco. (AGÊNCIA BRASIL)