Ao reiterar ataques ao sistema eleitoral brasileiro, às urnas eletrônicas e ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta segunda-feira que é “impossível” não ter segundo turno ou ele “não ganhar no primeiro turno” as eleições deste ano. O chefe do Executivo também sugeriu que integrantes da Corte contabilizem votos nas eleições com base em preferências pessoais. E acusou diretamente o presidente do tribunal, Edson Fachin, de agir para beneficiar e eleger o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Bolsonaro, à frente do TSE Fachin “tudo faz para que não haja transparência (...), para eleger o Lula de forma não aceitável”. O presidente ainda ampliou a crítica também para os ministros Luís Roberto Barroso, ex-presidente da Corte, e Alexandre de Moraes, que vai presidir o tribunal durante o pleito. “São três ministros que não querem transparência nas eleições. Eu não ataco a democracia.”
“No meu tempo, lá atrás, ganhava a eleição quem tinha voto dentro da urna. Agora, parece, quero que esteja errado, é um direito meu desconfiar, espero que não ganhe as eleições quem tem amigo para contar o voto dentro do TSE”, afirmou o presidente, em entrevista à TV Terraviva, em recado aos três magistrados que compõem a Corte e também o Supremo Tribunal Federal. “Ô, ministros Fachin, Barroso e Moraes: pelo que se vê nas ruas comigo, é impossível não ter segundo turno ou eu não ganhar no primeiro turno”, declarou. (ESTADÃO CONTEÚDO)