POLÍTICA

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'Denúncia deve ser aceita', diz relator

Folhapress

| Edição de 06 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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O deputado Fausto Pinato (PRB-SP), 38, foi confirmado ontem como o relator no Conselho de Ética do processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Na entrevista coletiva após o anúncio, Pinato afirmou que muito possivelmente deve aceitar a denúncia contra o peemedebista - afastando a possibilidade regimental de arquivamento prévio - e que Cunha será julgado como qualquer um dos outros deputados.

Imagem ilustrativa da imagem 'Denúncia deve ser aceita', diz relator

“O senhor Eduardo Cunha vai ser julgado como um deputado comum, não como presidente da Câmara. A partir desse momento eu me torno um juiz. E, como um juiz, tenho que ter imparcialidade e julgar conforme a prova dos autos”, afirmou.

O arquivamento sumário da representação contra Cunha é o objetivo principal dos aliados do peemedebista. Mesmo que o relator não o faça, a decisão é do colegiado do Conselho, composto por 21 membros titulares.

“Nesse momento não tenho a convicção formada ainda, mas tudo indica que eu devo usar, nesse momento, o ‘in dubio pro societate’. Vamos estar estudando, mas diante do que estamos sabendo pela imprensa, existe uma grande possibilidade de eu aceitar a denúncia”, afirmou Pinato

Pelo cronograma do Conselho, o relatório preliminar que dirá se a representação procede ou é inepta tem que ser concluído até o próximo dia 19. A sessão do colegiado para sua apresentação e votação está marcada para o dia 24. Caso o processo tenha sequência, é feita a investigação e apresentado o relatório final, pela cassação ou pela inocência.

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No papel, o processo contra Cunha tem prazo total de 90 dias úteis, sem contar o recesso parlamentar do fim de ano, o que levará uma possível conclusão para abril de 2016. Esse prazo pode ser dilatado, porém, como já ocorreu em ocasiões anteriores.

Cunha só perde o mandato caso decisão do Conselho nesse sentido seja referendada por pelo menos 257 dos seus 512 colegas, em votação aberta no plenário.

Ontem, ele se disse indiferente a quem seria escolhido e afirmou que vai provar sua inocência. “Já disse que para mim é indiferente qualquer um dos escolhidos. A mim cabe me defender e provar a inocência do que está saindo na representação”, afirmou.