POLÍTICA

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Eleitorado feminino é maioria e pode fazer a diferença na eleição

Edison Costa

| Edição de 29 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Brasileiros vão às urnas no dia 7 de outubro deste ano para eleger o presidente da República, vice, governadores, senadores e deputados federais e estaduais. São 147,3 milhões de eleitores aptos a votar em todo o País.

Imagem ilustrativa da imagem Eleitorado feminino é maioria e pode fazer a diferença na eleição


De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), as mulheres estão em maior número para votar no pleito de outubro. O eleitorado feminino é de 77.337.907 (52,5%), enquanto o masculino é de 69.901.036 (47,4%), ou seja, uma diferença de 7.436.871.
Esta superioridade das mulheres em relação aos homens ocorre também no Paraná e na maioria dos 30 municípios da região de Apucarana.
No Paraná, o eleitorado feminino soma 4.178.327 (52,4%), enquanto o masculino é de 3.791.939 (47,5%), uma diferença de 387.388. Outros 817 eleitores não declararam o sexo. No total, o Estado conta com 7.971.083 eleitores aptos a votar no pleito deste ano. 
Nos 30 municípios da região de Apucarana, que compreende as 26 cidades do Vale do Ivaí mais Arapongas, Sabáudia, Manoel Ribas e Ortigueira, o eleitorado feminino é de 186.744 (52%) enquanto o masculino soma 172.952 (48%), uma diferença de 7.830 em favor das mulheres.
No caso de Apucarana, o maior colégio eleitoral da região, o município conta hoje com 91.302 eleitores, sendo 48.932 mulheres (53,6%) e 42.370 homens (46,4%), uma diferença de 6.562. O município vizinho de Arapongas tem hoje 77.060 eleitores, dos quais 41.070 são mulheres (53,3%) e 35.990 (46,7%) são homens, somando uma diferença de 5.080 em favor do eleitorado feminino.
Desta forma, o eleitorado feminino terá um peso decisivo na definição do próximo presidente da República, governador e demais cargos em disputa.. Resta saber se elas também vão preencher de forma verdadeira a cota de 30% que os partidos têm que reservar às mulheres no lançamento de candidaturas.
A determinação consta da Lei nº 9.504, em vigor desde 1997, mas nunca foi cumprida pelas agremiações partidárias, que sempre contaram com a tolerância do Poder Judiciário. 
Analistas políticos alertam que os candidatos que pretendem chegar ao segundo turno na disputa presidencial ou para governador, no caso específico do Paraná, precisam conquistar o interesse delas. 
Pesquisas eleitorais de intenção de voto divulgadas em nível nacional mostram um cenário incerto: 46% das mulheres ainda não sabem em quem votar. O índice é menor para os homens: 25%.

CANDIDATURAS
Nos últimos anos, o TSE tem realizado campanhas de incentivo à participação da mulher na política partidária, visando aumentar sua representação no Congresso Nacional, nos legislativos estaduais e municipais, além dos executivos federal, estaduais e municipais.
Uma campanha da Organização das Nações Unidas (ONU) também  quer equilibrar o número de mulheres e homens na política. A ideia é que até 2030 ambos os sexos ocupem a mesma quantidade de cargos no parlamento brasileiro.
Mesmo as mulheres sendo maioria do eleitorado no País, elas não têm boa representação no Congresso. Dos 513 deputados, somente 10,5% são mulheres. No Senado, dos 81 parlamentares, 16% são do sexo feminino.