Pré-candidata a uma vaga na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), a vereadora Flávia Francischini (União Brasil), de Curitiba, percorreu nesta semana 28 municípios do interior do Paraná para conversar com lideranças políticas. Ela afirma que o objetivo é resgatar nesta disputa os eleitores do marido, o ex-deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil), que foi cassado após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e está inelegível por supostamente divulgar notícias falsas contra o sistema eletrônico de votação.
Na ocasião, o parlamentar entrou com recurso junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e teve o mandato devolvido por uma decisão monocrática do ministro Kássio Nunes Marques. No entanto, em julgamento do recurso, a Segunda Turma do STF manteve a cassação do parlamentar por três votos a dois.
“Estou fazendo um trabalho para resgatar os eleitores do meu marido Fernando Francischini, que não era um deputado qualquer. Ele foi eleito com 427 mil votos e foi injustamente cassado. O TSE precisava colocar um cabresto em alguém. Na verdade, queria atacar o Bolsonaro (presidente Jair Bolsonaro) e, assim, mirou Fernando Francischini, que era o deputado do Bolsonaro”, disse a vereadora, que esteve nesta quarta-feira em Apucarana e foi entrevistada pelo TNOnline.
Flávia afirma que sempre atuou nos bastidores das campanhas do marido, mas precisou assumir o lugar dele por conta da cassação. “Estou vindo no lugar do Fernando Francischini e estou sendo muito abraçada. Ninguém virou as costas”, assinala.
Ex-agente da Polícia Federal (PF), assim como o marido, ela pretende dar sequência às bandeiras na área da segurança pública e também defender seus projetos, com destaque na área social e em apoio aos deficientes. “Tenho um filho autista e sempre levarei essa bandeira”, assinala.
Ela também destaca o papel das mulheres na política. O União Brasil (fusão do PSL e DEM), partido da vereadora, chegou a ser condenado no Paraná por suposta fraude nas cotas de gênero. Flávia afirma que o problema foi causado por um partido coligado em 2018.
“Nós (mulheres) somos 51% do eleitorado, brasileiro, mas 21% dos representantes na política. Por isso, precisamos mostrar que a mulher pode ser dona de casa, empresária e professora, mas também representante na Câmara dos Vereadores, na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional. A gente tem esse poder”, afirma.