POLÍTICA

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Ex-governador mineiro diz "estranhar" condenação

Folhapress

| Edição de 18 de dezembro de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Condenado em primeira instância a 20 anos e 10 meses de prisão, o ex-governador de Minas Gerais Eduardo Azeredo (PSDB) disse ontem que ficou surpreso com a decisão da juíza da 9ª Vara Criminal de Belo Horizonte.

Azeredo afirma que é inocente das acusações e diz que a magistrada "praticamente copiou" a acusação feita pela Procuradoria-Geral da República desde 2007, usando como provas documentos que, segundo ele, são falsificados.

A sentença por peculato e lavagem de dinheiro foi dada na tarde de quarta (16) pela juíza Melissa Pinheiro Costa Lage e é a primeira condenação política do caso conhecido como "mensalão tucano". O processo estava nas mãos da magistrada desde março.

"Eu sabia que [a sentença] podia sair a qualquer momento, mas, no meio dessa coisa toda que está acontecendo em Brasília, é um pouco estranho", disse Azeredo. Ele irá recorrer e pode ficar em liberdade enquanto aguarda decisões dos tribunais superiores.

O episódio é considerado um embrião para o mensalão do PT e envolve um esquema de desvio de R$ 3,5 milhões (R$ 14 milhões em valores atualizados) de empresas públicas para abastecer a fracassada campanha de reeleição de Azeredo em 1998.

A acusação apontou que teria havido lavagem de recursos públicos da Copasa (companhia de saneamento mineira), Comig (antiga estatal de mineração) e Bemge (antigo banco do Estado). (Folhapress)