O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edson Fachin, afirmou nesta sexta-feira, durante sua passagem em Curitiba, que a Justiça Eleitoral não vai aceitar intervenção das Forças Armadas nas eleições”. “Para sugestões, a Justiça Eleitoral está inteiramente à disposição, para intervenção, jamais”, disse, em resposta ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que voltou a atacar o sistema eleitoral nesta semana, sugerindo que os militares fossem responsáveis por uma contagem paralela dos votos. Fachin concedeu entrevista coletiva no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, em conjunto com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura, sobre o Combate à Desinformação nas Eleições 2022.
O ministro lembrou que as Forças Armadas têm um histórico de cooperação nas eleições, especialmente no campo da logística: “O diálogo do representante dos militares na comissão tem sido frutífero e o TSE acatou algumas das várias sugestões que foram enviadas dentro do prazo legal”.
Fachin afirmou que o tribunal tem uma “preocupação imensa” em garantir a segurança do processo eleitoral, desde a integridade física dos mesários e eleitores até questões envolvendo ataques cibernéticos. (EDITORIA DE POLÍTICA)