POLÍTICA

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‘Fui cassado porque combati a corrupção’, diz Dallagnol

Da Redação

| Edição de 17 de maio de 2023 | Atualizado em 17 de maio de 2023
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O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) afirmou ontem que a perda de seu mandato no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em julgamento na última terça-feira (16), ocorreu porque ele combateu a corrupção.

O mandato de Dallagnol foi cassado por unanimidade pelos ministros, que consideraram que o registro da candidatura dele não foi válido.

Para o TSE, Dallagnol, ex-procurador da Lava Jato no Paraná, infringiu a Lei da Ficha Limpa ao se demitir do Ministério Público enquanto ainda respondia a processos disciplinares internos. Esses processos poderiam levar a punições.

“Eu perdi o meu mandato porque eu combati a corrupção. E hoje é um dia de festa para os corruptos e um dia de festa para o Lula”, afirmou Dallagnol, que foi o deputado mais votado no Paraná. 

O ex-deputado deu entrevista coletiva no Salão Verde da Câmara. Ele estava acompanhado de deputados oposicionistas ao governo.

Dallagnol afirmou que foi alvo de vingança. “Eu fui cassado por vingança, porque eu ousei enfrentar o sistema de corrupção”, completou.

Dallagnol foi eleito com 344 mil votos no Paraná na eleição do ano passado. O ex-deputado afirmou que os ministros do TSE utilizaram uma “inelegibilidade imaginária” para cassar o seu mandato, uma vez que ele não há processos administrativos disciplinares abertos contra ele.

O perfil oficial do governo federal no Twitter fez uma sátira ontem com a cassação do deputado. Na rede social, o perfil publicou uma imagem com o mesmo design utilizado por Dallagnol, então procurador da Operação Lava Jato, para indicar supostas ligações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com casos de corrupção.

Na publicação, há um círculo escrito “137 dias de governo” e diversas setas saindo dele. Ao redor, estão escritos, também em círculos: valorização do salário mínimo, Minha Casa, Minha Vida, Brasil Sorridente, Mais Médicos, Reajuste na merenda, R$ 3,8 bi investidos em cultura, 3.500 obras na educação, inflação caindo

PAIM FICA COM VAGA

O Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) concluiu ontem que a vaga do deputado federal cassado Deltan Dallagnol vai ficar com o pastor Itamar Paim (PL).

Ele teve 47 mil votos, mas foi “puxado” pelo coeficiente eleitoral do partido. O pastor evangélico já aparece como “eleito” no site da Justiça Eleitoral.

A vaga de Dallagnol ficaria inicialmente com Luiz Carlos Hauly (Podemos), o segundo mais votado do partido no Paraná. Entretanto, o candidato fez 11.925 votos, e, por conta disso, não atingiu a contagem mínima de votos.  Hauly  afirmou ontem que irá recorrer da decisão do TRE-PR.