A Relatório do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR), disponibilizado ontem no seu site oficial, indica que a região de Apucarana, que compreende 26 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas, Sa báudia e Manoel Ribas tem 74 políticos ou agentes públicos que tiveram contas apontadas como irregulares pela equipe de fiscalização do órgão. Em todo estado integram a lista 1.496 pessoas, sendo 492 prefeitos ou ex-prefeitos, quatro vice ou ex-vice-prefeitos e 289 vereadores ou ex-vereadores. Destes últimos, 169 são presidentes ou ex-presidentes de câmaras municiais.
A relação de agentes que tiveram contas desaprovadas nos últimos oito anos servirá de base para a Justiça Eleitoral analisar os pedidos de registro de candidaturas às eleições municipais de novembro, validando-as ou não. A formalização da entrega da lista foi feita pelo presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Nestor Baptista, ao presidente do TRE-PR, desembargador Tito Campos de Paula, na abertura da sessão ordinária n 26/2020, realizada por videoconferência. Na ocasião, o conselheiro disse que o TCE-PR age para “reconhecer os homens de bem” e vê o ato como uma contribuição “ao aperfeiçoamento dos quadros políticos de nossos municípios”.
Neste ano, foram entregues ao TRE três relações distintas, a primeira com agentes com contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas. Nessa lista, por exemplo, constam os nomes do ex-presidente da Câmara de Arapongas e atual prefeito Sérgio Onofre, do ex-presidente da Câmara de Apucarana Alcides Ramos Junior, além de uma série de agentes públicos ou mesmo representantes de entidades que receberam recursos públicos.
Outra lista mostra chefes do Poder Executivo que tiveram contas anuais apreciadas com Parecer Prévio do Tribunal de Contas pela irregularidade. Nesta lista constam nomes como o ex-prefeito de Califórnia Amauri Barrichelo, os ex-prefeitos de Apucarana, Valter Aparecido Pegorer e Carlos Scarpellini. Já a última lista traz chefes do executivo que tiveram contas anuais apreciadas com Parecer Prévio do Tribunal de Contas pela regularidade ou regularidade com ressalvas, mas com julgamento da Câmara Municipal pela irregularidade, segundo informações encaminhadas pelo Legislativo. Nessa lista, consta, por exemplo, o nome do ex-prefeito de Apucarana, João Carlos de Oliveira.