POLÍTICA

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Lula anuncia cinco ministros para compor o novo governo

Da Redação

| Edição de 09 de dezembro de 2022 | Atualizado em 09 de dezembro de 2022

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Opresidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou na manhã desta sexta-feira os nomes de cinco ministros do futuro governo. Foram anunciados: Fazenda: Fernando Haddad, ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro da Educação; Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia; Defesa: José Múcio Monteiro, ex-deputado e ex-ministro do Tribunal de Contas da União; Justiça: Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e senador eleito; Relações Exteriores: Mauro Vieira, diplomata e ex-chanceler. Os próximos nomes serão anunciados nesta próxima semana.

O anúncio aconteceu no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em Brasília, onde atua a equipe de transição de governo.

Lula disse que, embora não tenha anunciado mulheres nem negros neste momento, eles terão representação significativa no ministério.

“Vai chegar uma hora em que vocês vão ver mais mulheres do que homens e muitos afrodescendentes”, declarou.

Lula ainda disse que mantém a ideia de recriar o Ministério da Segurança Pública, que as Forças Armadas devem proteger o povo, e não ‘fazer política’ e que acredita na aprovação da PEC da Transição na Câmara.

Ao comentar as atribuições de Múcio Monteiro, novo ministro da Defesa, Lula disse que as Forças Armadas têm que defender o povo e a soberania nacional, e não “fazer política”.

“As Forças Armadas têm um papel importante. As Forças Armadas têm um papel constitucional: têm que cuidar da soberania nacional, têm que defender o povo brasileiro de possíveis e eventuais inimigos externos. E é para isso. As Forças Armadas não foram feitas para fazer política, não foram feitas para ter candidato. Quem quiser ser candidato, se aposente e seja candidato”, afirmou Lula.

De acordo com o presidente eleito, o adiantamento dos nomes pretende desfazer impasses no Ministério da Defesa e agilizar as negociações na tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Na semana passada, Lula disse que estava com “80% do ministério na cabeça”, mas informou que a montagem definitiva da equipe dependia de negociações.

Entre os nomes mais cotados para serem anunciados nos próximos dias, estão Simone Tebet (Desenvolvimento Social), Marina Silva (Meio Ambiente) e Margareth Menezes (Cultura).

Petista muda discurso sobre orçamento secreto 

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mudou o tom de seu discurso de campanha, em que defendeu o fim do orçamento secreto, esquema de distribuição de recursos para redutos políticos de parlamentares sem qualquer transparência. Lula passou a dizer, agora, que o tema está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Em entrevista nesta sexta-feira, o petista disse defender a distribuição de emendas parlamentares, desde que de maneira transparente e alinhada com projetos prioritários do governo. Lula ainda afirmou que não tem ingerência sobre o STF, a quem caberá definir o julgamento das ações que contestam a legalidade do mecanismo de distribuição de recursos públicos. O novo discurso do petista ocorre em meio à tentativa de evitar atritos com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) para evitar dificuldades na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que amplia o teto de gastos em até R$ 200 bilhões para custear o pagamento de R$ 600 reais aos beneficiários do Bolsa Família.

“Esse processo das emendas do orçamento secreto está na Suprema Corte (desde) antes das eleições, antes de eu ser presidente da República, e se está na Suprema Corte em algum momento eles (ministros) vão pautar. Eu sinceramente não tenho nenhuma interferência ou poder sobre a Suprema Corte para decidir como e quando eles vão votar”, disse Lula.