POLÍTICA

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Mourão defende 35 anos de contribuição para militares

Folhapress

| Edição de 21 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O presidente em exercício Hamilton Mourão defendeu ontem duas mudanças que têm sido discutidas pela equipe econômica nas regras de aposentadoria de militares.

Imagem ilustrativa da imagem Mourão defende 35 anos de contribuição para militares


Ele avaliou como benéfico o aumento do tempo de permanência no serviço ativo, ampliando-o de 30 para 35 anos, e o recolhimento da contribuição de 11% sobre a pensão recebida por viúvas de militares.
“São mudanças que seriam positivas para o país”, disse Mourão, ao ser questionado pela imprensa.
As propostas enfrentam resistência junto às Forças Armadas. Ao tomar posse, o novo comandante do Exército, Edson Pujol, defendeu que o atual sistema dos militares seja mantido.
Mourão ressaltou, contudo, que as alterações têm sido discutidas pelas Forças Armadas e defendeu uma regra de transição, para quem já está no serviço militar, para o aumento do tempo de serviço
“Em tese, é um aumento, com uma tabela para quem já está no serviço, um tempo de transição”, afirmou.
Mourão assumiu a presidência da República no domingo, em substituição ao presidente Jair Bolsonaro (PSL), que viajou à Suíça para a Conferência de Davos. Esta é a primeira vez após 34 anos do fim do regime militar que um general volta a comandar o País. O último foi o general João Batista Figueiredo, de 1989 a 1985.
No início da manhã, o presidente em exercício recebeu o ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva. Ele não informou se o tema foi tratado na reunião.
“Foram dois amigos que vieram bater um papo. E fiz uma brincadeira com ele, que é botafoguense. Só isso”, disse, referindo-se à derrota da equipe carioca na estreia do campeonato estadual.
O general, que assumiu o posto de presidente interino no domingo, com a viagem de Jair Bolsonaro à Suíça, disse que conduzirá a máquina pública “sem marola”.
“Só tocando a bola para o lado”, afirmou.
Ele voltou a dizer que as suspeitas envolvendo o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), filho do presidente, não é um assunto de governo.
“Esse assunto não comento mais. Não vem para cima do governo e é um problema do Flávio. Ele vai resolver isso aí”, disse.
Na sexta-feira, um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) apontou movimentações atípicas de Flávio. Ele recebeu em sua conta bancária 48 depósitos em dinheiro no valor total de R$ 96 mil, depositados apenas em cinco dias. 
Eles foram feitos no autoatendimento da agência bancária que fica dentro da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) sempre no valor de R$ 2 mil.
Mourão disse estar honrado por substituir Jair Bolsonaro na Presidência do País. “Ao amanhecer deste dia, quero expressar a honra de estar no exercício da Presidência da República. Desejo uma excelente e proveitosa viagem ao presidente e comitiva a Davos. Por aqui, manteremos a posição”, escreveu Mourão na mensagem postada antes das 7h30.
Mourão ficará no cargo até a madrugada de sexta-feira, quando Bolsonaro retorna da sua primeira viagem internacional..