O professor Guilherme Bomba, doutorando em história, já conversou com estudantes dessa faixa etária sobre o assunto em sala de aula – ele atua no ensino médio em Apucarana. Segundo ele, três possibilidades podem ajudar a explicar esse fenômeno. “A primeira é o desencantamento com a política brasileira. Nós vemos nos últimos anos, principalmente desde 2010, que as discussões políticas e os casos de corrupção vêm desanimando as pessoas a participar do pleito; o segundo aspecto é que não discutimos política nos espaços necessários. Há uma certa censura nas escolas para se falar do tema, porque as pessoas ainda entendem que falar de ‘política’ é falar de ‘políticos’ e não do ato, e isso afasta as pessoas do processo democrático das eleições. Por fim, a pandemia teve uma forte influência nesse afastamento. Esses jovens de 16 e 17 anos não tiveram um período de amadurecimento na escola, convivendo com outros colegas, o que afeta o interesse, porque eles não se veem parte do processo eleitoral”, analisa Bomba.
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