POLÍTICA

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Procuradoria pede no STF afastamento de Eduardo Cunha

Folhapress

| Edição de 17 de dezembro de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, protocolou no STF (Supremo Tribunal Federal) ontem um pedido de afastamento cautelar do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), do cargo de deputado federal e de presidente da Casa.

Para Janot, de acordo com a PGR, Cunha "vem utilizando o cargo em interesse próprio e ilícito unicamente para evitar que as investigações contra ele continuem e cheguem ao esclarecimento de suas condutas, bem como para reiterar nas práticas delitivas".

O peemedebista é investigado em três inquéritos sob suspeitas de corrupção, sendo que um deles já virou denúncia ao Supremo Tribunal Federal, acusado de receber propina de contrato com a Petrobras.

Além disso, acusa a PGR (Procuradoria-Geral da República), tem usado seu mandato de deputado e o cargo de presidente "para constranger e intimidar testemunhas, colaboradores, advogados e agentes públicos" para dificultar a investigação contra si.

A PGR estudava pedir o afastamento de Cunha desde outubro, após o STF autorizar o sequestro de R$ 9,6 milhões depositados em contas na Suíça atribuídas a ele.

Agora, o PGR diz ter reunido provas de que Cunha recebeu R$ 52 milhões em propina na Suíça e em Israel da Carioca Engenharia. Dois sócios da Carioca relataram o pagamento a Cunha em acordo de delação premiada que fecharam com a procuradoria.