O desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), liberou nesta quarta-feira as ações movidas contra o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) para serem julgadas pela Corte Eleitoral. O ex-juiz da Lava Jato corre risco de ser cassado e também o risco de virar “ficha suja” e ficar inelegível por oito anos caso acabe condenado em primeira e segunda instância.
Contudo, ainda não há uma data marcada para que o julgamento seja realizado. A determinação de Falavinha é apenas para que “Inclua-se em pauta para julgamento na primeira data possível”.
Parte do atraso ocorre porque houve mudanças no quadro do TRE-PR. Nesta quarta-feira, o mandato do desembargador Wellington Emanuel Coimbra de Moura como presidente da Corte expira. Nesta sexta-feira, o presidente eleito, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, assume o cargo oficialmente.
Além disso, o advogado Thiago Paiva dos Santos, que estava na corte desde dezembro de 2019, fez na semana passada sua última sessão como integrante efetivo. O Tribunal já montou uma lista tríplice composta pelos advogados Roberto Aurichio Junior, José Rodrigo Sade e Graciane Aparecida do Valle Lemos. A lista tríplice será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta quinta-feira, mas a nomeação ainda precisaria de uma palavra final do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A expectativa era que o julgamento ocorresse em janeiro. Agora, a perspectiva é que o caso seja julgado antes de março no TRE-PR. (EDITORIA DE POLÍTICA)